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Sem estacionamento rotativo, nem parece que Nova Petrópolis está em quarentena
Sem estacionamento rotativo, nem parece que Nova Petrópolis está em quarentena
Francis Jonas Limberger
Como se sabe, a empresa responsável pelo estacionamento rotativo foi notificada por descumprir os decretos municipais de calamidade pública. Ficou estabelecido pela Secretaria de Planejamento que a equipe de monitores não poderia mais fazer o atendimento presencial. Mas a cobrança das tarifas poderia seguir no aplicativo e nos parquímetros, desde que as máquinas fossem higienizadas periodicamente. Essa determinação é contraditória, pois para o manter o sistema, mesmo com as vendas digitais, os monitores precisariam seguir atuando na rua, para fiscalizar os carros estacionados. E alguém precisaria higienizar os parquímetros. Dessa forma, ao ser notificada, a empresa optou por suspender as atividades em definitivo. Assim o centro da cidade voltou à situação anterior a outubro de 2019. Ah, mas agora tem o coronavírus e a quarentena. Nem parece, pois as principais ruas voltaram a ter poucas vagas sobrando.
ITA, O NOVO SECRETÁRIO
Portaria publicada na terça-feira, 31 de março, nomeou Clodoir Bohn de Lima (Ita) como secretário municipal de Obras. Ele substitui Oraci de Freitas (PP), que pediu exoneração e já formalizou seu pedido para retornar ao Legislativo. Ita era diretor do Departamento de Serviços Rurais da Secretaria de Obras, função que agora está sob a responsabilidade de Elton Griesang.
TRABALHO ELOGIÁVEL
Esta foi a segunda passagem de Freitas pela Secretaria de Obras, mas num período menor. Quem usa as estradas do interior concordará que Freitas acaba de fazer um trabalho elogiável. É claro que vão existir problemas, mas coisas pontuais e compreensíveis em um município com o tamanho e a geografia de Nova Petrópolis. As roçadas eu acho que ainda deixam a desejar. Mas sabemos dos recursos que estão disponíveis e do tamanho da área a ser roçada. Não é uma desculpa, mas uma constatação. E, por outro lado, merecem ser citadas obras que vão além da mera manutenção: alargamentos como na rua Seibtsberg e em Linha Brasil Fundos e a abertura de trechos de acostamento na rua Vicente Prieto.
DECISÕES COM PARÂMETROS
Com rivalidades políticas e discordâncias até mesmo entre os médicos, está ficando cada vez mais difícil para as autoridades tomar decisões sobre os rumos da quarentena. A aceitação unânime dessas decisões por parte da população, então, está quase impossível. É por isso que eu defendo que se use parâmetros mínimos. Em muitos países, o parâmetro está sendo o número de casos confirmados do covid-19. Está bem, no Brasil o número de testes é insuficiente e não vale muito como parâmetro. Estão sendo testadas apenas as pessoas que precisam de internação hospitalar. Ou seja, quando o dano do vírus já está causado. Mas tem um outro número que poderia ser usado aqui no município. É o número de casos monitorados, que começou a ser divulgado na semana passada. Na primeira divulgação, em 26 de março, eram 51 com síndrome gripal. Na mais recente divulgação, quarta-feira dia 1o, eram 66. Pode não ser suficientemente científico, mas são praticamente os únicos números formais dos quais dispomos no município. Conforme a variação deles, as medidas de restrição podem ser relaxadas ou endurecidas.
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