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Setor calçadista começa o ano com boas expectativas em Santa Maria do Herval

24/01/2020 - 09h34min

Santa Maria do Herval – Na contramão da recessão de alguns setores, o calçadista tem tido destaque e um crescimento considerável no ano passado e, em Santa Maria do Herval não foi diferente. Devido à instabilidade política e econômica, o setor apresentou dificuldades no começo do ano passado mas, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Calçados do município, Elário Ênio Becker, ao longo do ano as fábricas de calçados retomaram o ritmo e, a expectativa para esse ano é boa. “O setor deu uma estabilizada e está melhorando aos poucos”, disse.

Elário faz parte da diretoria do Sindicato desde 1989 e é o atual presidente (FOTO: Cleiton Zimer)

Para Elário, o que influencia muito no setor é o mercado chinês. “Com a briga da China com os Estados Unidos, os Estados Unidos está voltando aos poucos para o Brasil. Então isso faz com que o emprego comece a voltar. Outra coisa, que não vai acontecer de hoje para amanhã é a redução do IPI e do ICMS, que o Governo do Estado até que enfim está começando a acordar, baixando os preços para, assim, competir com outros estados”, afirmou.

 

Retornos

Não existem números oficiais do quanto foi produzido no município no ano passado, mas o setor do calçado é o maior responsável pelo retorno de ICMS para o Teewald. Atualmente, o município conta com três fábricas: H Kunzler, Wirth e Henrich. As duas primeiras são as responsáveis pelo maior retorno de ICMS, respectivamente.

Empregos

Além disso, o município conta com mais seis atelieres, que estão localizados em Padre Eterno Ilges, Padre Eterno Baixo, Boa Vista do Herval e bairro Amizade. Assim, o setor encerrou 2019 com 912 funcionários na categoria, o que representa 52% do número total de empregos formais do município, que é de 1.733 pessoas.

Pouca mão de obra

Com a crise que atingiu o município há alguns anos, muitas pessoas que alugaram casas para  trabalhar voltaram ou, então, foram para outros lugares. Até os próprios moradores migraram para cidades vizinhas em busca de oportunidades profissionais. Agora, com a retomada do crescimento, está faltando mão de obra e, devido a isso, Elário afirma que as empresas estão tendo dificuldade em conseguir suprir a demanda.

Com isso, algumas fábricas estão buscando pessoas em outros municípios. “Em Igrejinha e Três Coroas têm muitas empresas fechando, então tem muita mão de obra parada. Temos empresas que estão indo buscar pessoas lá” disse Elário.

O sindicato

O Sindicato de Herval possui 508 sócios, o que representa 55% do total da categoria. “Na época em que a Maide estava aqui, chegamos a ter 93% de sócios”, informou Elário, enfatizando que hoje, a maioria das pessoas que não são sócias são de fora. “Eles vêm de outros sindicatos, que não dão atendimento. Então eles não têm essa mentalidade. Quando a dor aperta, aí eles vêm procurar socorro”.

Benefícios

Elário destaca que o Sindicato tem a única unidade móvel de saúde dentária do Estado, com um ônibus que vai até as fábricas. Disponibiliza duas profissionais dentistas duas vezes por semana, tanto para sócios e seus dependentes até 16 anos.

Além disso, possui convênio com o laboratório Alfa que fica dentro da entidade que chegam a 50% e, ainda, convênio com médicos em diversas especialidades em Dois Irmãos e Gramado, com descontos que variam de 10% a 30 %. Conta também com algumas clínicas para realização de exames mais específicos.

 

 

 

 

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