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Situação crítica: cerca de 30 famílias precisam ser abastecidas com caminhão-pipa em Herval

25/02/2022 - 17h16min

Atualizada em 01/03/2022 - 13h51min

Iraci conta que estão nesta situação há mais de três meses (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Há meses a estiagem vem causando prejuízos, tanto nas lavouras, quanto no abastecimento de água para consumo humano e dos animais. A chuva até está vindo, porém fraca, não sendo o bastante para conter os efeitos das longas semanas de seca. Cerca de 30 famílias das localidades do interior estão sendo abastecidas através de um único caminhão-pipa da Prefeitura.

Iraci Maria Schulz, de 53 anos, mora com o marido e dois filhos na Estrada Serrana, Nova Renânia. São agricultores. Lá não há rede de água e possuem um poço, mas ele secou há mais de três meses. Desde então, tanto eles como os vizinhos dependem exclusivamente do socorro da Prefeitura para ter água para beber, cozinhar, tomar banho, lavar a roupa; falta até para os animais.

Do lado de fora da residência alguns tonéis e uma caixa de água são preenchidos semanalmente pelo caminhão. “É muito triste ficar sem água. De manhã, quando acordamos, a primeira coisa de que precisamos é água e assim é durante o dia todo”. Iraci conta que em anos anteriores também houve problemas, mas nunca foi tão grave – e por tanto tempo – como agora.

A dona de casa relata que não está nem lavando o piso para economizar o máximo possível. “Está muito difícil e, o pior de tudo, é que não sabemos quando vai normalizar. Até chove um pouco, mas nem de longe é o bastante para dar água”, lamentou.

O caminhão esteve lá na manhã desta sexta-feira, 25. A quantidade de água será o suficiente até quinta-feira da semana que vem.

GASTAR SOMENTE COM O NECESSÁRIO

A prefeita Mara Stoffel (PDT) explica que a Prefeitura está abastecendo famílias na Nova Renânia, Linha Marcondes, Canto Becker, Aparecida, Ilges, e também em outras localidades. “Pedimos que as pessoas gastem somente com o necessário neste momento”. A chefe do Executivo destaca que as máquinas estão cavando poços, mas, muitos casos estão sendo frustrantes. “Procuramos e não tem água”.

O vice-prefeito e Secretário de Obras, Gilnei Capeletti (MDB) contabiliza que cerca de 30 famílias estão sendo abastecidas. A água está sendo pega de um poço localizado entre o Centro e Morro dos Bugres Baixo, onde fica o depósito das Obras. Este poço não está conectado a uma rede, então, seu uso é exclusivo para atender as famílias.

No final de janeiro o município decretou situação de emergência. Lavouras tiveram prejuízos entre 50% e 100%, principalmente de milho e hortifrúti. 10 famílias serão contempladas com reservatórios através do Governo do Estado.

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