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Sujeito firma ter arrastado égua sem querer e diz que pretendia abandoná-la

27/02/2025 - 07h05min

Atualizada em 27/02/2025 - 07h06min

Égua machucada em São Leopoldo — Foto: Divulgação/ Juliano Palinha

O homem que arrastou uma égua por uma estrada em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, confirmou, em depoimento à Polícia Civil na terça-feira (25), que teria arrastado o animal por acidente, pois não viu que ele havia ficado preso ao veículo. Ele levava a égua para um local com o objetivo de abandoná-la, afirmou.

[Ele conta] que, ao amarrar e puxar o animal até o local [onde pretendia abandoná-lo], não percebeu que ele tinha caído e ficou preso e, por isso, continuou a andar com o carro“, diz o delegado André Serrão, responsável pela investigação.

O nome do homem não foi divulgado. Ele contou à polícia que é dono do animal e pretendia abandonar a égua na região do bairro Arroio da Manteiga porque não tinha um local para mantê-la – e usou o carro para levá-la até lá.

“[Ele diz] que, ao olhar pelo espelho retrovisor do carro e ver o animal no chão, se desesperou e fugiu”, conta o delegado Serrão.

O caso foi flagrado por um funcionário da Secretaria de Proteção Animal (Sempa) de São Leopoldo na última segunda-feira (24). Ele contou à polícia que o homem soltou a égua do veículo e fugiu depois que percebeu a presença do servidor público na Estrada do Socorro.

O homem vai responder a um termo circunstanciado de maus-tratos a animais, de acordo com a Polícia Civil.

Tecnicamente, não há indiciamento. Nesses casos, a pena é de no máximo um ano, podendo aumentar se o animal morrer. É diferente quando falamos de cão e gato: a pena é de dois a cinco anos e, aí, a gente tem uma reprimenda muito maior. Maus-tratos contra outros animais são tão graves quanto, mas é como é a legislação“, explica o delegado Serrão.

Celeste

A égua foi batizada de Celeste pela clínica veterinária do Cesuca Centro Universitário, em Cachoeirinha. O centro especializado está responsável pelo tratamento do animal.

Conforme a prefeitura, o secretário de Proteção Animal e também médico veterinário, Cláudio Giacomini, atestou que a égua tinha ferimentos por todo o corpo, além de uma lesão antiga na articulação da pata direita. Apesar dos ferimentos, Giacomini informou que a saúde da potranca era estável, mas exigia cuidados veterinários urgentes.

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