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Traficante da facção Os Manos é condenado a 20 anos por matar fotógrafo por ciúmes

Canoas – O Tribunal do Júri condenou o traficante Juliano Biron da Silva, um dos líderes da facção criminosa Os Manos em Canoas, a 20 anos e dois meses de reclusão pela morte do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni. O crime aconteceu há quase cinco anos, em Canoas.
O julgamento, que foi presidido pela juíza Geovanna Rosa, aconteceu ontem e durou em torno de 12 horas. Além de Biron, também é ré no caso a namorada do traficante, Paula Caroline Ferreira Rodrigues. Ela não compareceu ao julgamento.
Em razão disso, a magistrada agendou para o dia 15 de abril a data do julgamento da acusada.
Premeditação
A denúncia contra os réus apresentada pelo Ministério Público (MP) aponta que o crime teve motivação passional (motivo fútil): o ciúme do réu, sabedor do relacionamento da companheira com o fotógrafo. Ela teria aderido à decisão de matar ao “escolher” ficar com o réu, seu provedor material e financeiro.
A acusação também cita premeditação. Ao entrar no carro da acusada para o que seria um encontro, o fotógrafo foi surpreendido (recurso que dificultou a defesa) com a presença do réu no banco de trás, armado. O fotografo foi então levado para a Prainha do Paquetá, onde passou a ser agredido e, depois, alvejado com vários tiros.
Finalmente, ainda segundo a denúncia, a dupla de acusados teria descartado (ocultação) o corpo em outro local, à beira de uma estrada e parcialmente submerso na água.