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Unicamp abre inscrições do ‘curso do golpe’ para discutir impeachment de Dilma
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp abre nesta segunda-feira (5) as inscrições para o curso livre “O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, para discutir o impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff (PT), em 2016. Criado em solidariedade à Universidade de Brasília (UnB), que anunciou a disciplina e foi alvo de críticas do ministro da Educação, o curso será realizado entre os meses de março e junho.
As inscrições podem ser realizadas no site do IFCH até a próxima quinta-feira (8). Serão 30 aulas, a partir de 12 de março, às segundas e terças-feiras, entre 17h e 19h. [veja programação completa abaixo]
Wagner Romão, chefe do Departamento de Política da Unicamp, destacou que o curso terá o mesmo foco proposto pela UnB, apesar de discutir também ações do governo federal, inclusive no tocante à segurança pública e as eleições gerais.
“O conteúdo vai ser um pouco distinto, tratando daquele contexto de 2016, tratando das políticas publicas e ações do atual governo [Michel Temer].”
Programação do curso
Unidade I – As controvérsias sobre o golpe
12 de março
1. A caracterização de golpe de Estado na teoria política – Alvaro Bianchi (DCP)
13 de março
2. As novas formas de golpe de Estado na América Latina – Wagner Romão e André Kaysel (DCP)
19 de março
3. Velhas e novas técnicas do golpe de Estado – João Quartim de Moraes (DF)
20 de março
4. A questão da fragilidade da democracia no Brasil – Mário da Silva e Mariana Chaguri (DS)
Unidade II – O golpe de Estado
26 de março
5. O golpe começou em 2013? – Francisco Foot Hartman (IEL)
27 de março
6. O contexto internacional e o golpe – Sebastião Velasco Cruz (DCP)
2 de abril
7. Pensamento e ideologia da nova direita – André Kaysel (DCP)
3 de abril
8. A divisão da classe média na crise política brasileira – Sávio Cavalcante (DS)
9 de abril
9. As direitas em movimento (2011-2016) – Luciana Tatagiba (DCP)
10 de abril
10. Mudanças culturais e simbólicas que abalam o Brasil – Marcelo Ridenti (DS)
16 de abril
11. O sindicalismo diante do golpe – Andréia Galvão e Dari Krein (DCP / IE)
17 de abril
12. Análise dos processos textuais de construção da categoria “golpe” – Anna Bentes (IEL)
23 de abril
13. O parlamento e a votação do impeachment – Ronaldo de Almeida (DA)
24 de abril
14. Análise das falácias na sentença de Sergio Moro – Itala Loffredo (DF)
7 de maio
15. O jogo político do STF e o golpe – Andrei Koerner (DCP)
8 de maio
16. Por que foi frágil a resistência ao golpe? – Armando Boito (DCP)
Unidade III – As políticas do governo golpista e a resistência popular-democrática
14 de maio
17. Austeridade, reformas e desmonte: a economia política do golpe – Pedro Rossi (IE)
15 de maio
18. A devastação do trabalho na era Temer – Ricardo Antunes e Magda Biavaschi (DS/IE)
21 de maio
19. Neoliberalismo, crise da democracia e a destruição dos direitos das mulheres – Margareth Rago e Angela Araújo (DH/DCP)
22 de maio
20. O ataque aos direitos das populações indígenas – Nadia Farage (DA)
28 de maio
21. A pressão sobre as terras de ocupação tradicional – Emília Pietrafesa (DA)
29 de maio
22. A crise da participação institucional e a resistência ao golpe – Wagner Romão (DCP)
4 de junho
23. Os usos políticos da violência: da MINUSTAH à intervenção no Rio de Janeiro – Omar Thomaz e Susana Durão (DA)
5 de junho
24. Educação sitiada – Josianne Cerasoli (DH)
11 de junho
25. As medidas liberadoras da destruição ambiental – Luiz Marques e Roberto do Carmo (DH/DD)
12 de junho
26. A censura às artes – Taisa Palhares / Marcio Seligmann-Silva (DF/IEL)
18 de junho
27. Autoritarismo e criminalização – Frederico de Almeida (DCP)
19 de junho
28. O golpe na cultura – Mauro Almeida (DA)
25 de junho
29. Golpe, direitos e reforma trabalhista em perspectiva histórica – Fernando Teixeira (DH)
26 de junho
30. Conferência de Encerramento – Luis Felipe Miguel (UnB)