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Variante Delta é encontrada e confirmada na região
Resultados apontaram contaminação inclusive em testes coletados em Estância Velha
Região – A partir de uma divulgação feita nas redes sociais nesta terça-feira, 17, com informações veiculadas pela página de DuduNews, acentuou um alerta na região em virtude da confirmação de casos da variante Delta em Novo Hamburgo e outros municípios da região, incluindo Estância Velha.
A partir de uma nova análise da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, integrante da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi revelada que a variante Delta (21A) do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, foi encontrada em 25,88% das amostras de 12 cidades do Rio Grande do Sul.
Por meio do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, foram identificados e sequenciados 86 genomas completos de SARS-CoV-2 de amostras coletadas em 12 cidades do RS e de amostras coletadas de viajantes coletadas no Aeroporto Salgado Filho, em colaboração com a secretaria municipal da Saúde de Porto Alegre. A idade dos pacientes variou de 10 a 93 anos, e 51 amostras eram de mulheres.
Neste levantamento, foram analisadas amostras tomadas entre 15 de junho a 9 de agosto. A análise geral revelou uma predominância de amostras da variante Gamma (20J, V3, 75,29%) contra 25,88% da variante Delta (21A), conforme a ferramenta Nextclade.
Entre os fatos mais relevantes, se destacam o achado de dois casos da linhagem B.1.617.2 a partir de amostras coletadas em 17 de junho, em Garibaldi/RS. Isso se deu antes, ainda, das primeiras notificações da variante Delta no Estado.
Fatos relevantes:
– das 10 amostras mais recentes, coletadas no mês de agosto, 5 amostras (50%) pertencem à variante Delta.
– dentre as amostras analisadas, 8 eram provenientes de viajantes cujos suabes nasais foram coletados no Aeroporto Salgado Filho, na chegada a Porto Alegre. Seis das amostras foram positivas para a variante Gamma (P.1), uma para a linhagem derivada P.1.7 e outra amostra, de uma passageira oriunda do Rio de Janeiro, positiva para a linhagem AY.4 derivada da variante Delta.
– a variante Delta e linhagens derivadas desta foram encontradas em pacientes coletados em Canoas, Estância Velha, Garibaldi, Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Cautela e atenção
O virologista Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão e coordenador da rede Rede Corona-Ômica BR-MCTI, os dados corroboram os achados recentes encontrados em outros estados brasileiros de uma continuada evolução e diversificação da variante Gamma, bem como de uma ocorrência crescente da variante Delta. Por isso, é imprescindível a vigilância constante da circulação e distribuição relativa das diferentes variantes. “Esta é uma ferramenta importante para o enfrentamento da pandemia. Precisamos, portanto, seguir monitorando continuamente as variantes, principalmente a Delta”, destaca.
Em conversa com nossa reportagem, o virologista enfatizou a importância de continuar acompanhando os números, mais do que nunca na região. “Na verdade, sempre devemos pensar na região. O importante é saber que temos uma circulação em diferentes municípios da região. Felizmente isso ainda não se reflete em um incremento do número de casos. O importante é buscar a vacinação e manter os cuidados, o uso da máscara e evitar aglomerações”, alerta Spilki.