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Verão exige cuidado redobrado com cobras

17/01/2024 - 13h36min

Créd. Divulgação / PMIV

Ivoti – Temida por muitos e com picadas que podem ser fatais, é no verão que as cobras tendem a ficarem mais ativas devido ao calor. Por conta disso, alguns cuidados precisam ser redobrados, principalmente para aqueles que trabalham no campo.

Entre as espécies que mais causam acidentes no Rio Grande do Sul, estão as  Jararaca (Bothrops jararaca), Jararaca-pintada (Bothrops pubescens), Cruzeira (Bothrops alternatus), Cascavel (Crotalus durissus) e Coral Verdadeira (Micrurus altirostris). Os dados são do boletim epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no estado de 2022. Com relação aos acidentes com serpentes, segundo a bióloga e licenciadora da Secretaria de Meio Ambiente, Sarah Peixe, mais de 90% são causados por jararacas, uma espécie particularmente agressiva.

Conforme ela, o veneno provoca um processo inflamatório local e interfere na coagulação do sangue, levando a sangramentos. “Quando as serpentes se sentem acuadas, uma estratégia defensiva de muitas espécies é se enrodilhar e dar o bote caso a ameaça não se afaste”, explica ela.

Para evitar acidentes, Sarah indica que, ao avistar uma cobra, o ideal é manter uma distância segura do animal. A distância fará com que ele não se sinta ameaçado e fuja para  a mata.

Em ambientes rurais, a dica é que os trabalhadores procurem utilizar equipamentos de proteção individual, como botas e perneiras, além de redobrar a atenção. “O uso de botas evita até 80% dos acidentes durante o corte de vegetação, por exemplo, pois as cobras picam do joelho para baixo. Proteger as mãos e evitar colocá-las em frestas, tocas, cupinzeiros e ocos de troncos é importante. O aconselhável é usar um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais”, argumenta.

O que fazer caso seja picado

Segundo a bióloga, a orientação caso uma pessoa seja picada por uma cobra é buscar manter a vítima calma, preferencialmente deitada, mantendo a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele. Outra ação é evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno.

Em seguida, é preciso localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão, cobrindo com pano limpo. Em caso de inchaço do membro afetado, é preciso levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para receber o tratamento necessário. Se possível, levar uma foto do animal ou apresentar o máximo de características para que ele seja identificado e para que a vítima  receba o soro específico.

Diferente de crenças populares,  não se deve amarrar o local da picada, nem cortar ou furar na tentativa de extrair o veneno. Não se deve aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida. Essas são ações que, além de não ajudarem, podem levar a complicações.

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