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Vereador de Estância Velha é investigado por bater o ponto como servidor enquanto cumpria compromissos pela Câmara

16/11/2023 - 11h55min

Atualizada em 16/11/2023 - 11h57min

Estância Velha – Atualmente o maior opositor ao governo de Diego Francisco na Câmara, o vereador Lucas Fabiano Jacobus Konrdörfer – o Lucas Argentino -, teve um processo administrativo disciplinar (PAD) aberto contra ele pela Prefeitura. A situação veio a público na noite do último domingo, quando o parlamentar publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que estava sendo “processado pelo prefeito” e fala em perseguição política.

Logo em seguida, a Prefeitura também foi a público e emitiu uma nota oficial, na qual informa que “a partir da constatação de o ponto funcional conter possíveis divergências” foi aberto o PAD.
Ainda de acordo com a nota, “em análise preliminar se verificou que o parlamentar teria supostamente assinado livro ponto nas escolas Nicolau Anselmo Wecker e Otávio Rocha em momentos nos quais cumpria agendas políticas em Brasília e Porto Alegre ao longo de 2023”.

A Prefeitura afirma que, por estes motivos, entendeu necessário abrir o processo para apurar os fatos, informa que o espaço ao contraditório será concedido e descarta que isto tenha acontecido em retaliação ao vereador.

ARGENTINO FALA EM PERSEGUIÇÃO

No vídeo publicado ainda no domingo pelo vereador nas redes sociais, ele explica que, além de vereador, é concursado há mais de 16 anos como professor e atua como secretário de escola.”Este processo é sobre o servidor público Lucas e não sobre o vereador”, inicia falando.

Argentino explica a alegação, de que teria assinado o livro ponto nas escolas enquanto cumpria compromissos com a Câmara e informa que isso pode ter acontecido. “O horário do professor no turno da manhã, por exemplo, é das 7h30 às 11h30. Se esse professor se atrasou dez minutos. Sei lá, porque tem uma obra na entrada da cidade que atrasa todo mundo e ele chegou na escola as 7h40, ele não vai assinar o livro ponto as 7h40”, relata.

Depois, ele diz que até não é o mais correto, mas “é assim que funciona”. por “uma questão de bom-senso e de combinações com as chefias” e acrescenta que, se for o caso, esse professor paga os dez minutos em outro horário.

Argentino também explica que existem as combinações individuais que cada servidor tem com as chefias e destaca que, por acumular os dois cargos, não trabalha nas escolas nas segundas e terças-feiras. Em compensação, na quarta, quinta e sexta-feira, trabalha e assina até as 16h para fechar a carga horária semanal de 36 horas do concurso. “Porém, eu trabalho (quarta, quinta e sexta) até as 17 horas. Registro até as 16h, mas trabalho até as 17h Isto é uma combinação que eu tenho com todas as diretoras com quem eu trabalho”.

Por fim, o vereador fala que o que lhe deixa pensativo sobre a história é o fato de o município ter mais de 600 funcionários, porém apenas ele teve o processo aberto por este motivo. “Talvez isto seja porque, dentre esses 600 funcionários, só eu sou vereador e somente eu tenho cobrado e fiscalizado a Prefeitura. Pode parecer uma grande coincidência, mas também parece um pouco perseguição”, afirma.

Ele concluiu dizendo que não tem problema em admitir seus erros. “Se houve algum erro ou algum problema, o processo vai mostrar isso. E se houve erro, o erro vai ser corrigido. Se houve dano, vai ser pago de alguma forma”.

PREFEITO DIZ QUE VEREADOR USOU “JOGO DE PALAVRAS”

Tão logo tomou conhecimento do vídeo publicado pelo vereador que diz ter sido “processado pelo prefeito”, Diego Francisco também foi às redes sociais e publicou uma nota na qual nega que ocorra perseguição política e diz que Argentino usou um “jogo de palavras” quando diz ter sido processado por ele. Confira a nota:

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