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Vereadores de Ivoti analisam projeto de investimento para a Associação Teuto Brasileira de Bolão União

06/09/2023 - 19h43min

Atualizada em 06/09/2023 - 19h53min

O diretor de Bolão, Vilmar Prager, explicou o motivo para os investimentos da Prefeitura no Bolão (FOTO: Divulgação / PMIV)

Por Geison Machado Concencia

Ivoti – Há algumas semanas, chegou à Câmara projeto de lei que autoriza a celebração de termo de fomento com a Associação Teuto Brasileira de Bolão União, no valor de R$ 600 mil. A princípio, a ideia gerou certa polêmica, fazendo alguns vereadores a questionar certos pontos do projeto. Na segunda-feira, um dos representantes da entidade esteve na sessão para esclarecer as dúvidas acerca do valor e dos motivos para esse recurso.

Segundo o diretor da Associação, Vilmar Prager, o fomento serve como forma de recompensar a entidade pelo uso da Sociedade Concórdia, local sede da entidade. Além disso, a ideia é preservar o legado e a cultura do bolão no município.

Vilmar destaca que a Associação tinha dificuldades para manter a Sociedade. Os custos para sua existência estavam elevados. Além disso, havia o uso constante da Prefeitura, que utilizava o espaço para a realização de alguns eventos e depósito para alguns materiais pertencentes ao Executivo. Com isso, tornou-se inviável para a Associação continuar cobrindo os gastos. “Surgiram inúmeras dificuldades para manter a estrutura. Então começaram as tratativas com a Prefeitura para ver a melhor forma de resolver os problemas decorrentes quanto ao uso e manutenção. ‘O que precisamos fazer para manter essa sociedade, que é um patrimônio histórico do município’”, explicou Vilmar.

Por outro lado, a Prefeitura não podia realizar os pagamentos de água ou luz, visto depender de diversas ações muito burocráticas para realização disso. Como forma de contornar essa situação e ajudar a Concórdia, foi dado a ideia da Associação desapropriar o local, para a Prefeitura assumir integralmente. Como forma de recompensa, eles receberiam um determinado valor para se reestruturar em outra área. “Prefeitura não podia pagar luz ou aluguel, porque dependia de processos burocráticos. A saída foi entregar a sociedade para o município. O caminho mais fácil seria a dissolução da diretoria e sociedade, fazendo uma ata, para depois, o Executivo assumir. Seria pelo caminho da interdição”, explicou Vilmar.

Pista de bolão

Durante muitos anos, a Associação utilizou o local para a prática do bolão. Porém, a Prefeitura não teria condições de custear uma pista, que chega a receber cerca de 300 pessoas durante as competições. Como forma de manter o grupo praticando seu esporte e preservar essa cultura, foi sugerido à entidade que buscasse outra sede, mas a Prefeitura entraria com uma contrapartida, a fim de recompensar pela mudança.

A Associação escolheu a Sociedade de Vila Nova para instalar sua cancha. Porém, só tinham recurso para duas pistas. O valor entregue pela Prefeitura seria usado para a compra de mais duas, para estar conforme as características deste esporte, com diversos adeptos na região, chegando a receber competições estaduais.

O grupo sustenta que o esporte faz parte das raízes da comunidade e defende a preservação da prática do bolão. “O bolão oportuniza que jovens, adultos, idosos e crianças pratiquem a modalidade. É isso que queremos. O bolão é um esporte democrático, todas as idades e sexos.

Joga a família inteira, essas coisas a gente não deseja que acabe, essa união. Isso é cultura e faz parte da história. Manter a cultura da cidade e de nossos antepassados”, disse Vilmar.

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