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Violência contra a mulher: isso precisa parar
Presidente Lucena – No Brasil, de acordo com dados do ano passado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada hora 503 mulheres são agredidas. Traduzindo em números, são mais de 4 milhões de mulheres que são de alguma forma violentadas. Em 61% dos casos, o agressor é conhecido da vítima, sendo os companheiros e ex-companheiros.
Mirando nesses números, foi criado em 1999 em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher em 25 de novembro. A data que surgiu também em homenagem as irmãs Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, mortas na ditadura da República Dominicana em 1960, por suas posições políticas contrárias ao governo da época.
Junto da data também são realizados os 16 dias de ativismo pelo fim da violência de gênero, ou seja, são realizadas em todo país, atividades para conscientização e combate a agressão contra mulheres.
Estudantes de Presidente Lucena desenvolvem projeto sobre o tema
Se em grandes centros trabalhar o tema gênero e violência já é algo complicado, imagina debater a questão em uma cidade do interior com quase 3 mil habitantes como Presidente Lucena. Mas uma turma do 8° ano da Escola Estadual Guilherme Exner, topou o desafio e ao longo do ano desenvolveu em aula o trabalho: “Os assustadores números da violência contra a mulher em Presidente Lucena: o combate através da informação”.
O trabalho dos alunos contava com uma pesquisa, na qual mostrou que em 40% das respostas alguma mulher em dado momento já passou por situações de violência.
“A gente achava que só a agressão física era crime, mas não. Existem outras violências como psicológica, sexual, patrimonial, verbal e moral”, explica uma das alunas.
Credencial para feira no Nordeste
Em outubro os estudantes apresentaram a sua pesquisa na Mostratec Jr, que concede reconhecimentos pelos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do ensino fundamental.
Eles ficaram em segundo lugar na feira de ciências que os credenciou a participarem no ano que vem de uma mostra científica em Pernambuco. E para poderem confirmar presença no evento, os alunos já estão organizando para logo mais rifas e vaquinhas para custear a ida.