Notícias
Homem que atropelou e matou mulher em Dois Irmãos vai a júri oito anos depois
Paetzhold fugiu e deixou a vítima agonizando na rua
Dois Irmãos | Após ser adiado em novembro do ano passado devido a um problema de saúde do promotor de Justiça, o julgamento de Guilherme Paulo Paetzhold, 35 anos, foi remarcado e ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 24, às 9h, no Fórum da Comarca de Dois Irmãos. O júri será presidido pelo juiz Miguel Carpi Nejar.
Na noite de 1° de dezembro de 2016, quando tinha 27 anos, Guilherme atropelou e arrastou Maria Senia Fröhlich, de 55 anos, por cerca de 160 metros. O crime ocorreu por volta das 23h10, na Av. 25 de Julho, altura do bairro Floresta, e a vítima foi arrastada até a Travessa 29 de Setembro.
Segundo o apurado na época, o acusado desceu do veículo após o atropelamento, retirou o corpo da mulher, que estava preso na roda dianteira de um Renault Sandero, o deixou próximo à calçada e fugiu sem prestar socorro.
Vítima ficou agonizando por meia hora
Maria Senia ainda estava viva após o atropelamento e ficou caída na rua por cerca de 30 minutos, até ser encontrada por populares. Ela foi socorrida em estado gravíssimo e faleceu horas depois no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas.
Preso em flagrante
Guilherme foi preso em flagrante cerca de três horas após o crime, na casa dos pais, no bairro Vale Verde, onde tentou se esconder. Para tentar eliminar vestígios, lavou o veículo, retirou três das quatro calotas e jogou cinzas nos pneus. Uma das calotas foi localizada próximo ao local do atropelamento.
Ainda conforme os registros da ocorrência, ele se recusou a realizar o teste do bafômetro, mas apresentava sinais visíveis de embriaguez, como olhos avermelhados, fala arrastada e hálito etílico.
Apesar da prisão, ele permaneceu no presídio por apenas oito dias. Em 9 de dezembro de 2016, foi concedido habeas corpus pelo Tribunal de Justiça.
Local onde a vítima foi atropelada
Acusação
A acusação será feita pelo Ministério Público, representado pelo promotor Wilson Grezzana. Guilherme responde por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar —, com pena prevista entre 6 e 20 anos de reclusão, dependendo dos agravantes e atenuantes.
Uma das principais provas apresentadas pelo MP é o vídeo de uma câmera de segurança instalada em uma residência próxima ao local do crime, que mostra o momento em que o réu retira o corpo preso na roda e foge. As imagens chocaram o Estado na época e repercutiram em diversos meios de comunicação.
Defesa
A reportagem tentou novo contato com o advogado de defesa, Nelson da Silva Silveira, mas não obteve retorno até a publicação desta atualização. O espaço segue aberto.
ASSISTA AO VÍDEO DO ATROPELAMENTO:
Ver essa foto no Instagram