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Lideranças dos caminhoneiros enxergam greve com desconfiança
Durante um evento na Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Rio de Janeiro, Marconi França, apontado como um dos representantes da categoria, convocou os caminhoneiros a uma nova greve entre domingo (15) e segunda-feira (16).
“Nós precisamos e queremos o apoio de você da população. Você dona de casa, dono de casa, pai de família que não está satisfeito com o preço da gasolina, com o preço do óleo diesel, com o preço do botijão de gás junte-se a nós, porque essa briga é de todos” afirmou Marconi em vídeo.
Outras lideranças dos caminhoneiros, porém, vêem com desconfiança o chamado, pois não acreditam em grande adesão no ato. De acordo com a Federação dos Caminhoneiros Autônomos no Rio Grande do Sul (Fecam-RS), a manifestação tem caráter político partidário e não está sendo promovida por entidades validadas pela categoria ou pelo meio sindical do transporte autônomo.
Para o presidente da Fecam, André Costa, este não é o momento adequado para a paralisação. “Não é momento, nem político, nem econômico, de se fazer qualquer movimentação, já que continuamos em mesa de negociação, avançando a cada dia. Não é uma coisa fácil. Não vamos conseguir em 365 dias ou em 700 dias resolver um problema de cinco décadas. Não existe essa varinha mágica,” disse em entrevista à Rádio Gaúcha.
Além disso, segundo Costa, em grupos de Whatsapp outras lideranças repudiaram a ideia de greve. Governo e caminhoneiros seguem discutindo as reivindicações da classe. O preço dos combustíveis e a tabela dos preços mínimos do frete estão no centro do debate.