Lobinhos de Nova Petrópolis mantêm atividades em casa durante a pandemia

Nova Petrópolis – De volta desde o ano passado, o Grupo Escoteiros Bom Pastor segue suas atividades com os lobinhos (6,5-10 anos) de forma online. Foi uma solução encontrada para manter viva a progressão individual dos pequenos. Atualmente, o grupo conta com 14 lobinhos e 43 integrantes no total dos ramos: escoteiros (11-14 anos), sênior (15-17) e pioneiro (18-21).

O Grupo surgiu em 2001, na Escola Bom Pastor, Linha Brasil, e durou até 2004. Após quase 15 anos, eles voltaram em junho de 2019, completando recentemente um ano do retorno. Contudo, a pandemia obrigou a suspensão das atividades presenciais. Neste ano, apenas um encontro físico foi realizado, em março.

Por isso, a chefe dos escoteiros, Veronica Seefeld, vem organizando muitas atividades online para que as crianças conquistem suas progressões. E para isso, os lobinhos precisam realizar boas ações, como ajudar nas tarefas domésticas, manter o quarto arrumado, fazer alguma receita com o auxílio dos pais, entre outras. E, apesar das atividades serem passadas pela internet, o objetivo é levar as crianças a participarem de brincadeiras sem o uso da tecnologia, como subir em árvores e pular corda.

Aventura doméstica

No início do mês, os lobinhos realizaram um “acantonamento virtual”. A atividade é como um acampamento, mas ao invés de ocorrer na natureza, é dentro de casa pois eles não possuem idade suficiente para fazerem fora. Na sala, na garagem ou até mesmo nos quartos, eles montaram uma barraca e lá, passaram a noite em sacos de dormir. Até mesmo o fogo do conselho foi aceso, que é uma fogueira tradicional em reuniões de comunidades rurais para compartilhar histórias e conhecimento. Mas claro, com cuidado e supervisão dos adultos.

Mesmo em casa, lobinhos não ficam parados (Créd.: Divulgação)

Zoológico e Museu

Também de casa, os lobinhos conheceram virtualmente o Museu de História Natural de Itatiba e o Zoológico de São Paulo. “Para muitos, essa foi a primeira vez que viram algo assim. Eles ficaram muito felizes com a experiência”, contou a chefe Veronica.

E não para por aí. As crianças também fazem trabalhos científicos ou artísticos, criaram uma cápsula do tempo que só será aberta em 2030 e, recentemente, fizeram cartas motivacionais para os setores de saúde do município.

Alguns lobinhos visitaram um museu pela primeira vez (Créd.: Divulgação)

Palavra de lobinho

Pedro Henrique, de 10 anos, ficou sabendo do grupo no ano passado e pediu para seus pais inscrevê-lo. “Comecei a participar dos encontros que aconteciam nos sábados à tarde. Adorei tudo o que aprendi, como as leis dos lobinhos que procuro seguir e fazer o melhor possível”, contou Pedro.

Ele vem mantendo as atividades e gostou muito do concurso de pizza, curso de primeiros socorros e de poder realizar as atividades junto à sua família. “Participei até do projeto Pró Sinos, onde aprendi dicas muito importantes sobre reciclagem e cuidados com o meio ambiente”, disse orgulhoso.

Mesmo estando ansioso para voltar e reencontrar os amigos e os chefes, o lobinho deixou um recado: “agora temos que ficar em casa e nos cuidarmos”, finalizou. A mãe, Sandra, ficou muito feliz quando o filho pediu para participar dos escoteiros. “Sempre vi a filosofia do escotismo como uma aliada na tarefa de educar e formar bons cidadãos que respeitam a natureza, são tolerantes, companheiros, praticam boas ações e que são capazes de superar desafios”, relatou.

Pedro Henrique está muito feliz em fazer parte da matilha (Créd.: Divulgação)

Do mundo dos lobos, para o mundo dos homens

Nicolas Neumann, tem 10 anos e conquistou a medalha Cruzeiro do Sul, o distintivo máximo entre os lobinhos. No dia 7 de agosto ele completará 11 anos e se tornará um escoteiro, fazendo parte do mundo dos homens. “Eu acho que será bem legal a passagem para os escoteiros porque vou conhecer novos amigos e novas experiências”, disse Nicolas.

Nicolas Neumann, 11 anos