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Esporte

Marlei realiza sonho e completa Sul-Americano com a camisa da Seleção Brasileira

31/08/2025 - 15h02min

Atualizada em 31/08/2025 - 15h12min

Marlei cruzou a linha de chegada em sexto lugar.

Por Cleiton Zimer

Assunção / Morro Reuter – A maratonista Marlei Eunice Willers, de 47 anos, viveu neste domingo (31) um dos momentos mais marcantes da sua trajetória no atletismo. Representando o Brasil no Campeonato Sul-Americano de Maratona, em Assunção, no Paraguai, ela cruzou a linha de chegada em 6º lugar na prova feminina, com o tempo de 3h02min44s.

A conquista foi celebrada como a realização de um sonho. “Sonho de cruzar uma linha de chegada com a camiseta da Seleção Brasileira realizado. Jesus, que prova duríssima foi essa. 10 km só de vento na cara, mais subida, mais calor. Mas aqui feliz e muito orgulhosa”, disse a atleta.

Prova desafiadora

A corrida de 42,195 km largou e terminou no Cais Desportivo, à beira-mar de Assunção, em um percurso marcado por calor intenso e vento forte, o que elevou ainda mais o grau de dificuldade para os competidores.

Na disputa feminina, o título ficou com a peruana Deysi Castro Huanan, com 2h43min37s. No masculino, vitória do paraguaio Derlis Ayala Sanchez, em 2h21min01s.

O Brasil também subiu ao pódio com José Márcio Leão da Silva (APA-Petrolina-PE), medalha de bronze na maratona masculina, ao completar em 2h24min10s.

Orgulho para Morro Reuter e região

Moradora de Morro Reuter, Marlei destacou que cada quilômetro foi uma mistura de esforço, superação e emoção, sobretudo pela oportunidade de vestir a camisa da Seleção. “Feliz e muito orgulhosa”, resumiu após cruzar a linha de chegada.

Essa foi a primeira vez que a atleta representou a seleção brasileira. A conquista da vaga veio após sua performance de destaque na Maratona de Berlim, no ano passado, quando se consagrou como a melhor brasileira da prova. Preta, como é conhecida, começou a correr há menos de 10 anos, aos 39, e desde então já somou dezenas de pódios, dentre elas o da Maratona Internacional de Porto Alegre em 2023, quando quebrou o recorde gaúcho – que não era superado há 30 anos. Além disso ela é cozinheira, com sua própria empresa.

Com certeza é um grande feito e eu tenho plena consciência disso. Cada vez que interajo com este mundo do atletismo eu vejo o quanto que é significante tudo o que já fiz. Foi uma prova muito dura, mas a certeza que vale a pena cada quilômetro. E a gente sabe que, para fazer grandes coisas, o sacrifício precisa ser grande também. Agora, é descansar e amanhã voltar para o Brasil“, falou, após a prova deste domingo.

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