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O futuro já está mudando para os moradores ao longo da ERS-373 em Santa Maria do Herval
Por Hermes Reich / Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – Depois de três décadas de espera finalmente o projeto está saindo do papel. Moradores das margens da ERS-373, entre as localidades de Boa Vista do Herval e Alto Padre Eterno, estão recebendo a tão sonhada pavimentação asfáltica que liga a região metropolitana a Gramado – encurtando o trajeto em cerca de 30 quilômetros.
A previsão de início era setembro do ano passado, depois, foi para outubro e, no final das contas, começou em janeiro de 2022 – com o alargamento do trecho e a preparação da base.
De acordo com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), na semana passada começou a ser aplicada a camada de asfalto nas proximidades do km 9. A obra está com o cronograma atrasado devido ao clima instável durante vários meses, principalmente no inverno. A previsão inicial era concluir 10 km de um total de 17,2 ainda neste ano; agora, devem ser 3 km entre os quilômetros 8 e 11 até final de dezembro.
Com as máquinas trabalhando na pista, os motoristas devem usar um desvio indicado por Nova Renânia.
Fomento para o turismo e mais qualidade de vida
A obra trará mais segurança aos usuários, melhorando a mobilidade para moradores e pra quem vai a Gramado, além de facilitar o escoamento da produção local.
O asfalto é visto como sinônimo de progresso, principalmente no setor turístico da cidade, que já está atraindo novos investidores mesmo antes de estar pronto.
Há 28 anos convivendo com a poeira, Luiz Carlos Kroetz, de 53 anos, esposo da Marisa (47 anos) e pai da Alana (22) e da Kauana (14), diz que a obra é a realização de um sonho e agora entende que as coisas vão melhorar.
“Nós já estávamos planejando vender aqui. Sempre que chegava à noite em casa era muita poeira, mas agora com o asfalto isso vai passar. Acredito que a obra está dentro da normalidade, pois é preciso tempo para construir uma base que fique bem feita para mais tarde não gerar problemas.”
Quem também vê boas perspectivas a partir do asfalto e diz que é preciso um pouco de paciência para colher lá na frente, é a moradora Ronete Morschel Arnold, de 41 anos.
“Esse trajeto vai demorar um pouco e as pessoas precisam entender isso. Tem bastante buracos e a estrada precisa ser alargada. Então, não é simplesmente chegar com um caminhão de piche e jogar em cima. Para a obra ser bem feita precisa de tempo. É preciso semear para depois colher, em tudo é assim. Vai demorar, vai. Mas, depois, vamos colher bons frutos!”
Já o comerciante Vitorino Boettcher, de 50 anos, casado com Mara, também de 50 anos, acredita que a partir do asfalto os negócios vão melhorar.
“A esperança com o asfalto é daqui a alguns anos o Herval crescer mais. O movimento deve triplicar e o turista vai utilizar a estrada para ir até Gramado. Então, nós que temos a padaria vamos pegar esse público que não quer andar em estrada de chão. Apesar de estar indo devagar devido às chuvas, que ocorreram nos meses de junho e julho, a obra não pode parar. Já convivemos muito tempo com a poeira.”
Para a industriária Andréia Martins, de 42 anos, casada com Renato, de 60 anos, a realização da obra está dentro do cronograma.
“A obra está evoluindo bastante, inclusive quase chegando pra cá. Para nós vai melhorar bastante, ainda mais que vai terminar o pó que deixa a casa sempre suja. Além disso, vai valorizar o terreno e só temos a agradecer!”