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O que pensam os prefeitos da região sobre um eventual adiamento das eleições
Região – Que a pandemia em curso do novo coronavírus mudou a rotina da imensa maioria das pessoas, não é segredo para ninguém. A novidade agora é que muitas ações previstas para este ano estão sendo revistas, em razão do avanço da doença pelo Brasil e pelo mundo. As eleições municipais de 4 de outubro são um exemplo.
No Congresso Nacional, avançam as conversas sobre um eventual adiamento do pleito. O senador Major Olímpio (PSL-SP), no último final de semana, afirmou que está coletando assinaturas para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o intuito de prorrogar os atuais mandatos dos prefeitos e vereadores por dois anos, ou seja, até 2022.
Por enquanto, nada está claramente definido. Olímpio chegou a dizer que conversou com o ministro Luís Roberto Barroso, futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que teria garantido a manutenção das eleições para outubro. Na opinião de Barroso, a crise do coronavírus terminaria por volta de maio ou junho, o que foi contestado pelo senador.
O Diário procurou os prefeitos da região para coletar opiniões a respeito, já que, na região, há exemplos de primeiro e segundo mandatos. Há até um chefe de Executivo que ainda não completou um ano de cargo – Gilmar de Quadro, o Gordinho, prefeito de Lindolfo Collor, que assumiu após o impeachment de Wiliam Winck, em 2019. A reportagem não conseguiu a opinião do prefeito de Presidente Lucena, Gilmar Führ, o Nack
As opiniões dos chefes do Executivo
“É prematuro falar qualquer coisa sobre as eleições. Vivemos uma crise nunca antes vista na História. Mas vejo que esta é uma decisão que deve ser tomada pela Justiça Eleitoral. É importante ter as eleições porque é preciso ter renovação no pleito, porém acredito que temos que ter tempo hábil para fazer a organização”, afirmou a prefeita Tânia da Silva.
“No momento, estamos focados 100% no combate ao coronavírus, e em salvar a vida das pessoas, e acredito que o país inteiro esteja da mesma forma. Não é momento de discutir política, mas penso que a eleição deve ser adiada sim, pois temos a obrigação de cuidar da vida das pessoas da nossa comunidade”, disse a prefeita Ivete Grade.
O prefeito Martin Kalkmann, que também é profissional da saúde, afirmou à reportagem do Diário que “este não é o momento de falar e pensar nas eleições”. Ele próprio está auxiliando nas atividades do Pronto Atendimento Mais Vida, revezando também com os trabalhos desenvolvidos na Prefeitura.
O prefeito Gilmar de Quadro (Gordinho) também deixou claro que não está pensando na eleição. Ele disse à reportagem que está focado em ajudar a comunidade a enfrentar o coronavírus. “Estamos realizando ações para pedir que a comunidade colabore. Queremos ajudar o nosso povo a enfrentar esse momento”, comentou ele.
O prefeito Henrique Petry diz que apenas escutou “rumores” sobre o assunto pela imprensa e redes sociais. “Sinceramente nem parei para pensar sobre este assunto. Nossa preocupação está exclusivamente com a chegada desta doença no município, que é inevitável. Estamos trabalhando para minimizar os impactos dela”, frisou.
“Diante do que estamos enfrentando, é preciso adiar as eleições. Agora o foco em todo o país é preservar a comunidade contra o coronavírus. Estamos pegando junto para combater isso. Nossas atenções aqui estão voltadas para equipar ainda mais o Posto de Saúde, promover trabalhos de higienização e campanhas de conscientização”, disse a prefeita Carla Chamorro.
Nova Petrópolis
“Devido à atual situação, a questão eleitoral para mim não está no contexto neste momento. Estou preocupado em fazer tudo da melhor maneira possível para que a nossa comunidade não seja tão prejudicada. Já se ouve falar que se as eleições não acontecerem este ano, o dinheiro do fundo eleitoral seria destinado para a saúde. Isto teria o meu total apoio”, disse o prefeito Régis Luiz Hahn, o Lelo.
“Nosso pensamento agora não está nas eleições, somente no combate ao coronavírus. As pessoas se conscientizaram bastante e estão permanecendo em casa”, afirmou o prefeito Daniel Rückert. Ele também salientou que não tinha conhecimento da questão de um eventual adiamento do pleito municipal.
“Neste momento, não há condições de pensar em eleições. Estamos enfrentando uma mudança muito forte em nossas rotinas e com desafios diários. Acredito que é o momento de focar no enfrentamento do coronavírus e depois, quando isto passar, pensar nas eleições. Mas isso é uma decisão que deve ser tomada em conjunto”, disse a prefeita Mara Stoffel.
“O momento não deve ser usado para tratar de questões políticas, mas sim focar unicamente na saúde pública. A hora é imprópria para tratar do assunto por questões de prioridade. Para mim tanto faz esta questão e o que decidirem sobre, acataremos. Mas confesso que em nenhum instante a ideia passou pela minha cabeça”, disse o prefeito Egídio Grohmann.