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ONU dá último alerta para evitar a catástrofe climática

10/10/2018 - 15h12min

Atualizada em 10/10/2018 - 15h13min

Em 2014, Ban Ki-moom, secretário-geral da ONU até 2017, disse a propósito das alterações climáticas que “não existe plano B, porque não temos um planeta B”. Agora, em 2018, a conversa continua semelhante e o novo relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, sigla em inglês) alerta para a urgência de “mudanças sem precedentes”. Os cientistas responsáveis pelo estudo, analisaram a questão das alterações climáticas durante três anos e pedem agora que se façam esforços para que a temperatura não ultrapasse o limite de 1,5 graus Celsius. Este marco pode atenuar os males dos próximos anos, em que o aumento da temperatura levará à subida do nível das águas do mar, ao aumento dos fenômenos climáticos extremos e à destruição de ecossistemas.

O relatório feito por 91 cientistas e divulgado no domingo (07) mostra a diferença entre estabelecer o limite do aumento da temperatura global em 1,5 graus Celsius, em vez de dois graus, valor limite apontado em 2010. Esta diferença pode ajudar a minimizar os efeitos nefastos do aquecimento global no ambiente, na biodiversidade e na produção de alimentos.

Se continuarmos como estamos agora, “o aquecimento global deverá atingir os 1,5 graus Célsius entre 2030 e 2052”, conforme se lê no documento. E se continuarmos surdos para a questão, ela não desaparece. Pelo contrário. Os investigadores dizem que se não conseguirmos manter as temperaturas abaixo do limite que agora indicam, as mudanças são perigosas. Por exemplo, podemos despedir-nos dos recifes de coral, já que seriam todos eliminados a dois graus de aquecimento e, além disso, o nível das águas poderá subir até 10 centímetros. Não parece muito, mas manter o limite de 1,5 graus significa que 10 milhões de pessoas estariam a salvo de inundações. A cultura de arroz, milho ou trigo também pode ser afetada como consequência da acidez dos oceanos. “Ambos os pólos estão a derreter a um ritmo muito acelerado. Árvores antigas que estão lá há centenas de anos estão a morrer de repente. E o verão que acabámos de viver – basicamente, o mundo inteiro esteve em chamas”, diz Kaisa Kosonen da associação Greenpeace.

Qual é a solução?

Esta questão pode partir do comum “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. Até porque, neste contexto, as preocupações são muitas e todos sabem o que não devem fazer. Mas continuam. Segundo Debra Roberts, que co-preside a IPCC, mudar o estilo de vida pode ser a grande diferença. Comprar menos leite, carne, queijo e manteiga e substituir por produtos sazonais, conduzir carros eléctricos, andar de bicicleta, usar comboios ou autocarros em vez de avião, ter um bom sistema de isolamento para evitar o uso de aquecedores ou de ventoinhas, são algumas das mudanças que até parecem senso comum, mas que fazem a diferença. “Isto não é sobre ciência remota. É sobre a forma como vivemos e trabalhamos e isso dá-nos uma pista de como podemos contribuir para essa grande mudança, porque todos terão de estar envolvidos”, disse Debra Roberts.

A verdade é que não podemos controlar o mundo, mas podemos controlar o que comemos e como determinamos o uso da terra. As escolhas, segundo a co-presidente da IPCC, não incluem apenas escolhas ecológicas, mas também politicas e econômicas: “Podemos escolher a maneira como nos movemos nas cidades e se não temos acesso a transportes públicos, certifiquem-se que estão a eleger políticos que oferecem opções sobre transportes públicos”.

Fonte: Jornal O Globo

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