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Para estimular a leitura, Márcia Funke Dieter mantém Biblioteca de Rua em Ivoti há quatro anos
Ivoti – No intuito de despertar nos moradores da região o interesse pela leitura e incentivar esta prática a se tornar parte da rotina da comunidade, a professora e escritora Márcia Funke Dieter criou, há quatro anos, uma Biblioteca de Rua. Desde então, a frente da sua casa, no bairro Jardim do Alto, se transformou em um local onde se compartilha cultura e conhecimento.
Moradora da Cidade das Flores já há 39 anos, ela lembra que os primeiros livros colocados na estante da biblioteca foram retirados de sua própria coleção, além dos livros escritos por ela mesma. De início, as pessoas observavam a iniciativa com mais distância, mas, com o tempo, foram se aproximando, até que os primeiros livros começaram a ser retirados. “Algumas pessoas me diziam que não ia durar muito, achavam que os livros seriam levados, mas ela já está aí mais de quatro anos”.
Agora, como conta Márcia, quem passa pela rua e avista a estante, acaba fazendo uma pausa para admirar a ação e escolher uma história. Mas a biblioteca comunitária não é um privilégio apenas dos moradores da rua Jacob Dhein: pessoas de outros bairros e até mesmo outras cidades buscam, ali, um livro. “Os garis que recolhem o lixo levam os livros, os motoboys que trazem alguma encomenda param e pegam… Sempre tem alguém que chega”.
Funcionamento
Para manter a biblioteca ativa, diversas pessoas passam deixam uma doação, com o objetivo de aumentar o acervo e dar continuidade a essa corrente do bem. A professora conta que não é obrigatório levar um livro para fazer a retirada de outro, mas que contribuições são sempre bem-vindas. Além disto, conforme destaca, alguns livros se foram e não retornaram – “não é ruim, que sejam lidos, compartilhados”, diz ela –, mas também incentiva que eles sejam devolvidos, pensando que, estando expostos, irão atrair novos leitores.
No entanto, para que a leitura seja feita com toda a segurança necessária neste período de pandemia, os livros têm passado por uma sessão de higienização. Álcool em gel na capa e também dentro da estante, para que as pessoas se cuidem antes e depois de escolherem a obra.
Estante literária
Então, quem quiser conhecer a iniciativa – e aproveitar para descobrir também novas histórias –, basta visitar a rua Jacob Dhein, no bairro Jardim do Alto, em Ivoti, que encontrará uma estante repleta de literatura, para todos os gostos, em frente a casa de número 1.051.
“Continuem lendo e, se ainda não se apaixonaram por essa prática, certamente é porque não encontraram o livro certo, aquele que será o divisor de águas e que fará toda a diferença”, afirma, com paixão pelas boas histórias, Márcia.