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Páscoa 2020 deixou um gosto amargo para a indústria do chocolate

15/04/2020 - 11h10min

Atualizada em 15/04/2020 - 11h13min

Como já se esperava, a Páscoa foi diferente do que estávamos acostumados. Sem eventos, nem celebrações, tampouco a magia que se espera viver nesta data. Igrejas realizaram missas e cultos sem seus fiéis, apenas com transmissões pela internet. E quem espera o ano inteiro pela data para manter seu comércio, tomou um susto e precisou buscar novas alternativas.

O proprietário das lojas Florybal de Nova Petrópolis, Renato Braga, disse que as vendas ficaram longe do esperado. Segundo ele, setembro, outubro, janeiro e fevereiro são meses em que as vendas de chocolate caem muito, e é na Páscoa que se planeja fazer uma “gordura” financeira para se manter nestes meses de poucas vendas. Desta vez, o resultado alcançado não chegou a 30%.

Já o dono das lojas Cacau Show de Nova Petrópolis, Estância Velha e Portão, Samuel Skonetzky, afirma que, com promoções e descontos nos produtos, conseguiu comercializar cerca de 80% do planejado. “Com a venda de chocolates, nós temos quatro meses no ano que se tira lucro, o resto do ano é para se manter. Mas o que posso dizer é que há uma luz no fim do túnel, visto que poderia ser bem pior do que foi”, conta Skonetzky.

Braga possui duas lojas em Nova Petrópolis, mas desde que o período de isolamento e decretos entraram em vigor, uma delas precisou ser fechada temporariamente. “Concentramos todo nosso estoque em uma loja e dessa forma conseguimos evitar demissões. Apenas tive que dispensar aquelas contratações temporárias”, contou ele.

Quem deixou para depois, encontrou menos opções nas prateleiras

Linha infantil reduzida.

Algo que foi notado, conta o dono da loja da Florybal, foi a venda de chocolates com a temática infantil. “A criança é muito atraída por aquilo que vê, e sem elas, esses chocolates ficaram nas prateleiras. Os pais escolhiam conforme seu gosto”, conta.

Daqui pra frente, os próximos passos ainda estão sendo traçados. Reuniões estão sendo realizadas constantemente com a fábrica da Florybal, que está com muita coisa em estoque. Como o que ele vende é uma marca, sozinho, Braga não pode decidir sobre promoções e queda nos preços. “Vamos precisar nos reinventar daqui pra frente. É um momento difícil para todo mundo”, completou.

O proprietário da Cacau contou que não sofreu tanto com essa questão, porque a própria linha infantil foi reduzida na produção.

Confira a matéria completa na Edição impressa desta quarta-feira, 15

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