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Páscoa 2020 deixou um gosto amargo para a indústria do chocolate
Como já se esperava, a Páscoa foi diferente do que estávamos acostumados. Sem eventos, nem celebrações, tampouco a magia que se espera viver nesta data. Igrejas realizaram missas e cultos sem seus fiéis, apenas com transmissões pela internet. E quem espera o ano inteiro pela data para manter seu comércio, tomou um susto e precisou buscar novas alternativas.
O proprietário das lojas Florybal de Nova Petrópolis, Renato Braga, disse que as vendas ficaram longe do esperado. Segundo ele, setembro, outubro, janeiro e fevereiro são meses em que as vendas de chocolate caem muito, e é na Páscoa que se planeja fazer uma “gordura” financeira para se manter nestes meses de poucas vendas. Desta vez, o resultado alcançado não chegou a 30%.
Já o dono das lojas Cacau Show de Nova Petrópolis, Estância Velha e Portão, Samuel Skonetzky, afirma que, com promoções e descontos nos produtos, conseguiu comercializar cerca de 80% do planejado. “Com a venda de chocolates, nós temos quatro meses no ano que se tira lucro, o resto do ano é para se manter. Mas o que posso dizer é que há uma luz no fim do túnel, visto que poderia ser bem pior do que foi”, conta Skonetzky.
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Braga possui duas lojas em Nova Petrópolis, mas desde que o período de isolamento e decretos entraram em vigor, uma delas precisou ser fechada temporariamente. “Concentramos todo nosso estoque em uma loja e dessa forma conseguimos evitar demissões. Apenas tive que dispensar aquelas contratações temporárias”, contou ele.
Linha infantil reduzida.
Algo que foi notado, conta o dono da loja da Florybal, foi a venda de chocolates com a temática infantil. “A criança é muito atraída por aquilo que vê, e sem elas, esses chocolates ficaram nas prateleiras. Os pais escolhiam conforme seu gosto”, conta.
Daqui pra frente, os próximos passos ainda estão sendo traçados. Reuniões estão sendo realizadas constantemente com a fábrica da Florybal, que está com muita coisa em estoque. Como o que ele vende é uma marca, sozinho, Braga não pode decidir sobre promoções e queda nos preços. “Vamos precisar nos reinventar daqui pra frente. É um momento difícil para todo mundo”, completou.
O proprietário da Cacau contou que não sofreu tanto com essa questão, porque a própria linha infantil foi reduzida na produção.
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