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Passou do ponto: pandemia dispara preço da carne no RS

26/06/2020 - 17h03min

Praticamente todos os cortes tiveram elevação considerável de preços

O prato mais tradicional do Estado foi duramente afetado pela pandemia. De acordo levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) da UFRGS, nove dos 10 cortes analisados tiveram elevação nos preços entre 31 de março e 24 de junho. A pesquisa leva em consideração o valor médio encontrado em açougues, casas de carnes e supermercados.

Um dos cortes mais pedidos pelo gaúcho teve elevação considerável no período: a costela. A pesquisa aponta que a carne teve aumento médio de 40,69%. Um dos motivos encontrados foi a alta procura, em razão do valor das carnes consideradas mais nobres, como a picanha e o entrecot. O preço do boi gordo no Estado, no Uruguai e no Brasil central, principais produtores da carne consumida pelos gaúchos, também contribui para a alta generalizada da carne vermelha.

Outro corte apontando com elevação expressiva foi a alcatra, que teve uma variação de 11,65%. A variedade vem sendo mais procurada como uma alternativa para o dia a dia, já que muitas pessoas deixaram de comer na rua e começaram a cozinhar em casa durante o distanciamento social.

Paralelamente, outros cortes já vinham com patamar elevado de preço, na esteira da valorização do boi gordo, e tiveram reajustes menores: maminha (5,88%), picanha (1,31%), contra-filé (2%), entrecot (1,87%) e vazio (0,22%). Por outro lado, o filé mignon foi o único a sofrer queda, de 4,38% desde o início da pandemia.

Créd. GauchaZH

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