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Pedágio dentro da cidade? Câmara de Nova Petrópolis reage a pórtico na ERS-235

07/11/2025 - 07h11min

Atualizada em 07/11/2025 - 07h13min

Documento oficial será pautado na terça-feira (11) e aponta que a cobrança afetará escolas, UBS e o comércio local.

Por Anna Bezerra

Em documento divulgado no site, a Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis expressou oposição à instalação de um pórtico de cobrança eletrônica de pedágio (free flow) no quilômetro 14 da ERS-235, entre as comunidades de Linha Brasil e Linha Araripe. A Moção de Repúdio nº 014/2025, protocolada na casa legislativa, será discutida e votada na próxima sessão ordinária, na terça-feira (11).

Segundo o documento, o ponto escolhido para o pórtico fica dentro do perímetro urbano, o que impactaria diretamente a rotina de moradores, trabalhadores e estudantes que realizam deslocamentos diários entre os bairros e o centro da cidade. A cobrança também afetaria o acesso a serviços públicos, especialmente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e instituições de ensino localizadas nas imediações.

A moção destaca que a medida “onerará deslocamentos cotidianos essenciais de moradores, pais, profissionais de saúde e estudantes”, além de elevar o custo do transporte escolar e sanitário. O texto ainda aponta prejuízos à economia local e ao turismo de curta distância, atividades importantes para Nova Petrópolis.

O governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou a adoção do sistema free flow como parte do novo modelo de concessões regionais, com cobrança proporcional à distância percorrida e sem praças físicas. Entretanto, os vereadores argumentam que posicionar pórticos dentro de zonas urbanas contraria o interesse público, criando distorções e “penalizando cidadãos em deslocamentos estritamente intramunicipais”.

A Câmara sustenta que a instalação do pedágio “representa um retrocesso para a mobilidade e o planejamento urbano” e reforça que a localização em área com intenso tráfego local e serviços públicos fere o bom senso na aplicação do modelo.

Com a moção, os parlamentares manifestam oficialmente sua contrariedade à medida e pedem que o Estado reavalie a localização do pórtico. O documento será encaminhado ao governo estadual, ao DAER e à concessionária responsável pela rodovia.

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