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Polícia

Assassino da catequista é condenado a mais de 30 anos de prisão em Estância Velha

25/10/2024 - 10h18min

Atualizada em 25/10/2024 - 11h15min

 

Reportagem: Geison Concencia

Estância Velha – Diante de um plenário lotado da Câmara de Vereadores, com pessoas sedentas por justiça, César Velho foi condenado a 30 anos de prisão, sendo 27 pelo assassinado e 3 anos e 9 anos de reclusão por posse ilegal de arma e constrangimento ilegal, nesta quinta-feira (24).

Um amplo esquema de segurança foi montado, com apoio da Guarda Municipal e Brigada Militar. Tamanho aparato se justifica, devido a comoção social com que esse caso teve desde o início, em 2017.

Entre os que estavam no plenário, familiares e parentes acompanharam o julgamento. Mas dois dos participantes talvez chamaram mais atenção: os dois filhos de César e Elaine. Eles também estiveram no julgamento, mas logo foram para a sala de testemunhas.

Os dois filhos tiveram que passar pelo trauma de perder a mãe para o pai assassino, e ainda esperar por sete anos o desfecho dessa trágica história.

Em frente à Câmara, cartazes com imagens de Elaine estavam dispostos pelo canteiro da Av. Brasil. Balões brancos simbolizavam a dor antiga que a comunidade tinha com a perda da falecida Elaine.

Testemunha relembra o momento do crime

Programado para começar as 9h, júri teve um atraso, iniciando as 10h. A primeira a ser ouvida foi uma testemunha ocular dos fatos, já que era aluna da catequista Elaine:

“Rezamos o Pai Nosso e a Ave Maria, então ele entrou”

Com essas palavras, a testemunha relembrou o fatídico dia em que viu um homem acessar a aula, passando-se por assaltante. Com capacete de motociclista na cabeça, ele anunciou um roubo. Mas, toda aquela cena, na verdade, escondia César Velho, o homem que arquitetou um plano maquiavélico para assassinar sua esposa.

Ela recordou o momento em que foi amarrada e vendada pelo criminoso. Além disso, recordou que Elaine também acreditava se tratar de um assalto, pois ela pedia para ele levasse os objetos de valor, mas que não fizesse nada, ao que César respondeu com palavrões e mandando ela calar a boca.

A primeira testemunha também foi a primeira a ver a vítima morta, depois que César saiu do recinto. Ela conta que após matar Elaine, demorou alguns minutos para que uma das alunas da catequese se desamarrasse e conseguisse soltar as outras. Algumas fugiram, mas ela permaneceu ali para ver como estava a catequista.

Ao entrar no recinto onde César havia executado sua ex-companheira, ela percebeu o corpo inerte de Elaine, já sem vida e visivelmente torturada.

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