Polícia
Mais um cemitério de Morro Reuter é alvo de criminosos
Por Cleiton Zimer
Morro Reuter – A cena que se anunciava desde domingo se repetiu, só que desta vez, foi em São José do Herval. Criminosos entraram e profanaram diversos túmulos (ao menos 20) no Cemitério Católico na localidade. Eles agiram na parte dos fundos, próximo ao matagal. Na frente só um e outro foi violado.
A ação foi percebida pelos moradores na manhã desta sexta-feira, dia 5. Eles acreditam que o crime possa ter acontecido durante a noite. No domingo passado, 31 de julho, o alvo foi o Cemitério de Frankental – lá, também furtaram objetos de cerca 30 jazigos.
É a segunda vez que o cemitério de São José é alvo da bandidagem. O morador José Victor Backes que o diga. Na primeira furtaram o crucifixo do túmulo da mãe dele, há cerca de 10 anos. Desta vez teve transtorno novamente: levaram a moldura junto com a foto da mãe. Do pai, que agora também é falecido, levaram somente a moldura e deixaram a foto. “É inacreditável uma coisa assim”, lamentou. Também forçaram o crucifixo novamente mas, não conseguiram arrancar.
Maria Dolores dos Santos também foi avalizar o prejuízo. Furtaram objetos dos túmulos dos tios e da prima. Da vez anterior tinham atacado o jazigo dos pais. “Eu tenho fé em Deus que vai ter volta para quem faz essas coisas. Seja cedo, seja tarde, uma hora vão pagar. Se não é aqui é em outro lugar”.
Às pressas novamente?
Já no furto que ocorreu em Frankental suspeitou-se que a ação tenha ocorrido às pressas, pois não chegaram a pegar tudo o que tinha. Isso ficou mais evidente agora em São José do Herval. Os ou o criminoso agiu de forma rápida, pegando, de certa forma, poucos objetos diante da quantidade de túmulos que há no local.
Preocupação
Entre o final do ano passado e janeiro de 2022 vários cemitérios da região foram alvos de bandidos. Em Morro Reuter atacaram em Walachai e Picada São Paulo. Em Santa Maria do Herval, em Padre Eterno Baixo, Alto e Ilges. Também agiram no município de Picada Café. Tudo isso em questão de semanas.
Várias famílias foram prejudicadas, cujo transtorno vai muito além do impacto financeiro de ter que recolocar as peças. A sensação de violação de algo tão íntimo gera revolta, tristeza, de não ter nem sequer o descanso eterno dos que partiram respeitado.
Diante de todos este histórico a preocupação agora é: será vai acontecer um novo arrastão?
Um problema grave
Em alguns casos há familiares que moram distantes e nem sequer ficam sabendo dos furtos. Outros, já desmotivados pelas várias ocorrências, não pensam em arrumar os túmulos antes que haja uma solução.
Desta forma, entre uma e outra ação, importantes registros históricos estão se perdendo, talvez, para sempre.
Muitas famílias estão optando por outros tipos de materiais que não chamem a atenção dos bandidos.