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Polícia

Médico preso por xenofobia é afastado de posto de saúde de Morro Reuter; ele vai responder em liberdade

15/02/2024 - 06h25min

Crime foi registrado no Posto de Saúde do Centro (FOTO: PMMR)

O acusado foi solto para responder em liberdade

Por Cleiton Zimer

MORRO REUTER | O médico de 63 anos preso na manhã de segunda-feira (12) acusado de xenofobia contra uma enfermeira de 43 anos de origem nordestina, foi afastado das funções desempenhadas na Unidade Básica de Atendimento (UBS) de Morro Reuter – onde o crime ocorreu.

A decisão foi do juiz de direito Frederico Menegaz Conrado, que concedeu liberdade provisória ao preso. No entanto, o médico não poderá mudar de endereço ou telefone durante o transcorrer o processo.

O CASO

O médico, residente em Campo Bom, foi preso pela Brigada Militar na unidade de saúde e teve a prisão em flagrante decretada na delegacia de Novo Hamburgo por injúria discriminatória.

Conforme a polícia, o médico teria se referido a enfermeira com palavras com teor discriminatório, como “nordestina burra”.

Duas pessoas que também trabalham no posto serviram de testemunha e corroboraram o relato da vítima à polícia.

Nota do Coren

O Coren – RS (Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul) emitiu uma nota na terça-feira (13) repudiando o ocorrido.

VEJA:

O Coren-RS se solidariza com a enfermeira que trabalha em Morro Reuter e que foi vítima de xenofobia. Conforme informações veiculadas na imprensa, o ato ocorreu nesta segunda-feira, 12, e foi causado por um médico na Unidade Básica de Saúde do Centro. A colega acionou a Brigada Militar, que levou o autor do crime para a Delegacia, em Novo Hamburgo. O delegado de plantão efetuou a prisão em flagrante do médico.

O Conselho reforça que repudia toda e qualquer forma de preconceito e que não compactuará com episódios desse tipo. O trabalho em equipe é a melhor forma de prestar assistência em Saúde, em especial no SUS, e o respeito entre os profissionais deve ser preservado.

O Plenário do Coren-RS vai averiguar o caso, buscará contato com a vítima e prestará apoio à colega.”

Sindicância foi aberta pela Prefeitura

A prefeita Carla Chamorro confirmou que o afastamento do médico aconteceu na terça-feira (13). “O atendimento não será prejudicado, pois temos outros profissionais que farão o atendimento”, explicou.

Ainda segundo a chefe do Executivo uma sindicância foi aberta no mesmo dia para apurar os fatos.

O Conselho Regional de Medicina do Estado também deverá apurar o ocorrido.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelas autoridades.

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