Polícia
Motorista que atropelou mulher e levou o corpo até em casa se recusa a fazer teste do bafômetro

O caso do atropelamento com morte registrado na madrugada de domingo (8) em Giruá, no Noroeste do Rio Grande do Sul, ganhou um novo desdobramento. O motorista que conduzia o veículo envolvido no acidente se recusou a realizar o teste do bafômetro, conforme confirmou a Polícia Civil nesta segunda-feira (9).
O atropelamento ocorreu por volta das 3h30min, no trecho da RS-344 que dá acesso ao município. A vítima, uma mulher que seria natural da Argentina, foi atingida por um Volkswagen Fox conduzido por um homem que seguia pela rodovia sob intensa neblina. O caso é tratado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, quando não há intenção de matar.
Segundo depoimento do motorista, ele acreditava ter colidido com um animal e seguiu viagem por não se sentir seguro para parar na estrada naquele momento. Somente já dentro do perímetro urbano de Giruá, o passageiro notou que havia uma perna humana pendurada sobre o vidro traseiro do carro. O corpo da vítima permaneceu preso ao teto do veículo por vários quilômetros.
Ao perceber a gravidade do ocorrido, o condutor acionou a Brigada Militar e se apresentou à delegacia. Foi oferecido o teste do etilômetro, mas ele se negou a realizar o procedimento.
— O motorista acionou a Brigada Militar e foi ofertado o teste do bafômetro, mas ele se negou a fazer. Agora vamos instaurar inquérito policial, fazer a identificação formal da vítima e remeter ao Judiciário no prazo de 30 dias — explicou a delegada responsável pelo caso, Elaine Maria da Silva.
O corpo da mulher foi encaminhado ao Posto Médico-Legal (PML) de São Luiz Gonzaga e passará por exames periciais. Segundo a Polícia Civil, a identificação formal da vítima ainda está em andamento, mas há indícios de que ela havia chegado recentemente ao Brasil.
As autoridades também informaram que os danos visíveis no carro e as lesões encontradas no corpo da vítima são compatíveis com a versão apresentada pelo condutor.