Polícia Civil trabalha para descobrir quem matou Alessandra Vargas

Quem matou a jovem Alessandra Síndel Quinot Vargas, de 22 anos, na manhã de domingo, é o mistério que a Polícia Civil trabalha para esclarecer. O caso, que está sendo investigado pelos agentes da Delegacia de Ivoti, ainda encontra-se em um estágio inicial, mas algumas pessoas já estão sendo ouvidas.

Por ter ocorrido no final de semana, o caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo e, desde a manhã de ontem, passou a ser investigado em Ivoti. No domingo, os agentes da delegacia ivotiense chegaram a ir até o local em que Alessandra foi encontrada.

O Instituto Geral de Perícias também foi acionado e esteve presente, na busca por provas que possam colaborar com as investigações. Foi solicitada necrópsia no corpo, para identificar qual a arma utilizada para causar o ferimento. A principal hipótese é que tenha sido causado por um objeto corto-contundente, como um facão, foice ou machado, entretanto somente a perícia deverá responder esta questão.

SEM ANTECEDENTES

Inicialmente, o caso foi registrado em Novo Hamburgo, pelo delegado plantonista Marcelo Pacheco Braga como homicídio, já que a vítima não tinha nenhuma ocorrência de violência contra mulher, no contexto da Lei Maria da Penha.

Responsável por dar andamento às investigações, a delegada Michele Arigony destaca que o trabalho já foi iniciado, para entender o que de fato aconteceu. “Já conversamos com familiares e ouviremos outras pessoas que tiveram contato com ela. Ela não tinha antecedentes criminais e, pelo que se tem até o momento, é tratado como homicídio”, explica.

A delegada relata, também, que deverá buscar por eventuais testemunhas para entender o que motivou o crime e em que circunstâncias ele ocorreu. “Ela foi encontrada já praticamente sem vida. Vamos buscar se existem alguma imagem de câmeras de segurança. Sabemos que ela foi a uma festa com amigos na noite anterior, então estas pessoas também serão ouvidas”, detalha.

SEPULTAMENTO

Familiares e amigos fizeram suas despedidas a Alessandra na segunda-feira. O corpo foi velado durante o dia na Capela Mortuária do município e sepultado durante a tarde, no Cemitério da Comunidade Evangélica, na 48 Baixa.

AMIGOS LAMENTAM A PERDA

Desde que foi identificada, diversos amigos e familiares lamentaram a perda de Alessandra nas redes sociais. “Meu coração está em pedaços por saber que você partiu, minha querida. Dói saber que nunca mais vou poder te abraçar, conversar com você, dar risada, te esmagar como sempre fazia”, publicou uma amiga.

“Vai em paz, minha neta amada. Nesse momento não existem palavras para a dor que estou sentindo. Vou te amar eternamente, você sabe o quanto eu te amo”, lamentou a avó.

O QUE JÁ SE SABE SOBRE O CASO

Alessandra foi localizada por um ciclista, por volta das 7h40 de domingo, com um corte profundo na parte de trás do pescoço, na localidade Picada das Mulas. Sem sinal de telefone, o homem se dirigiu a uma residência próxima e acionou o Posto de Saúde, que deslocou uma ambulância ao local.

No momento da chegada dos socorristas, a vítima ainda se encontrava com sinais vitais e foi encaminhada ao Hospital São José, em Ivoti, onde acabou falecendo. A Brigada Militar foi acionada pela unidade de saúde e iniciou o atendimento da ocorrência.

Ainda não há informações sobre o autor e o que teria lhe motivado a cometer o crime. Sabe-se, somente, que Alessandra havia ido com amigos a um “bailinho” na noite de sábado. Diversas testemunhas relatam tê-la visto lá.

No local em que o corpo foi encontrado, um par de tênis branco ficou para trás, em uma vala à beira da estrada. Além disso, a vegetação estava manchada de sangue, assim como uma poça d’água da valeta, onde o corpo da jovem foi encontrado.

Alessandra era natural de Ivoti, onde trabalhava em uma empresa de calçados, mas residia em Lindolfo Collor, no bairro Boa Vista. Anteriormente, também já havia morado em Novo Hamburgo. Ela teria se casado recentemente, havia se separado e estava solteira.