Polícia

Primeiro feminicídio de Ivoti completa um ano

26/08/2022 - 13h47min

Atualizada em 26/08/2022 - 14h27min

MORTA COM 33 FACADAS

EM 26 DE AGOSTO DE 2021, HOMEM MATOU A NAMORADA

 

IVOTI

GUILHERME SPERAFICO

 

Um dos momentos mais marcantes e tristes da história de Ivoti completa um ano nesta sexta-feira. Em 26 de agosto do ano passado, Rosa Maria Vargas, 53 anos, foi morta a facadas pelo ex-namorado, Airton Basílio Adams Henke, 57 anos. O caso ocorreu na Avenida Bom Jardim.

Desde o cometimento do crime, o assassino segue preso aguardando julgamento. Henke está, atualmente, no Penitenciária Estadual de Canoas. No dia em que matou a sua ex, ele foi preso em flagrante pela Guarda Municipal em um matagal, ainda com a faca usada para matar a vítima, e confessou o crime.

ÚNICO FEMICÍDIO

Desde que o governo do Estado passou a divulgar os indicadores criminais por município, no ano de 2012, esse é o primeiro crime do gênero em Ivoti. O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher, ou em razão de violência doméstica.

Rosa e Henke se conheceram através de uma rede social, namoraram e mantiveram a relação conflituosa. No dia do crime fazia três dias que tinham terminado o namoro. Ele convenceu que a vítima o levasse até o trabalho, no entanto, no caminho, cometeu o crime.

RELEMBRE O CASO

Airton matou a namorada com traços de crueldade. Ele desferiu 33 facadas dentro de um Fiat Palio, na Av. Bom Jardim, bairro Cidade Nova, e fugiu pelo matagal, mas foi preso visivelmente alterado cerca de 1h30 depois, na divisa de Ivoti com Estância Velha, na região conhecida como curva da pedreira.

O crime chocou a região, que não está acostumada a ocorrências desta magnitude. O casal mantinha um relacionamento de nove meses, mas que era bastante conturbado, conforme relatos dos familiares da vítima.

FAMILIARES

Os filhos de Rosa, ou simplesmente “Rosinha”, relataram na época como era a relação com a mãe. “Ela era generosa, disposta a ajudar a todos e sempre estava brincando; a nossa mãe era bem vista em todo o município de Portão”, disseram os filhos e a nora da vítima. Segundo a filha mais velha, a mãe era profissional autônoma, artesã e por último estava trabalhando como diarista.

Eles relataram que, no início, os dois tinham uma boa relação mas que, com o passar do tempo, tudo mudou e os filhos passaram a ser contrários ao namoro. “A mãe e ele (Airton) se conheceram pelo Facebook. Em seguida ela apresentou ele pra nós como uma pessoa que ela tinha conhecido. E depois ele apareceu lá em casa com uma neta. Na nossa frente ele a chamava de Rosinha, era carinhoso, falava meu amor e até lavava a louça, mas sabemos que sozinhos eles tinham suas diferenças”, disse uma das filhas.

 

 

 

 

 

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