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Pronunciamento de Bolsonaro tem forte repercussão no meio político
Após pronunciamento de Jair Bolsonaro, ocorrido na noite de terça-feira, 24, diversas autoridades políticas se manifestaram contrárias às palavras do presidente da república. A fala de Bolsonaro foi referente a pandemia do coronavírus, e em linhas gerais, ele sugeriu a “volta à normalidade”, o fim do “confinamento em massa” e disse que os meios de comunicação espalharam “pavor”. O presidente também se demonstrou contrário ao fechamento de escolas, por considerar que a principal faixa de risco é a dos idosos.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na qual classificou a fala de Bolsonaro como “grave” e disse que o país precisa de uma “liderança séria”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento “foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública”.
Outras manifestações fortes partiram da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, em nota citou que “entre a ignorância e a ciência, não hesite. Não quebre a quarentena por conta deste que será reconhecido como um dos pronunciamentos políticos mais desonestos da história”.
Já o ministro do STF, Gilmar Mendes, considera que a”pandemia da Covid-19 exige solidariedade e co-responsabilidade. A experiência internacional e as orientações da OMS na luta contra o vírus devem ser rigorosamente seguidas por nós. As agruras da crise, por mais árduas que sejam, não sustentam o luxo da insensatez”.
Já o governador do Estado, Eduardo Leite, em sua conta no Twitter afirmou que “é urgente encontrar alternativa ao confinamento. Mas não se faz isso c/ ataques à ciência e cautela médica mundialmente estabelecidas. Não deixamos de olhar economia/empregos. Mas não assistiremos inertes a uma doença se alastrar. Protege-se: 1) a vida; 2)os empregos. Nesta ordem”.