100 mil mudas por dia

Imigração Japonesa – Ivoti

O casal Sadao e Shizue Suzuki chegou em dezembro der 1968 em Ivoti, após ter passado por Santa Rosa e Santa Maria. Sadao veio para produzir frutíferas inicialmente e plantou tomate, verduras e outros hortigranjeiros até começar a produção das uvas. A meta era atender a Região Metropolitana.

Um dado interessante é que eles trocavam cartas entre si, pois, na época havia uma agência que fazia a ligação para o futuro matrimônio entre os imigrantes japoneses. Sadao e a esposa tiveram os filhos Satoshi, 55 e Satoka, 51, que nasceram em Ivoti.
Eles voltaram para o Japão, pois Shizue foi trabalhar como enfermeira em um hospital, e Sadao foi logo em seguida para trabalhar no ramo da construção. Eles ficaram por um período de 10 anos no país de origem.
Satoshi conta que auxiliava os pais e estudava, assumindo a propriedade aos 24 anos, em 1993. O começo foi com a produção de alfaces, mas tinha o desejo trabalhar com plantas ornamentais.
Tendo decidido não ser um dekassegui (descendentes que voltam), a partir de 1996 Satoshi passou a investir no plantio de mudas para atender esse mercado. Hoje, o carro-chefe das vendas é justamente as mudas de hortaliças. Também começou a trabalhar com flores para agregar valor e renda na propriedade. Outra iniciativa se reflete no plantio de ervas e temperos (orégano, manjericão, alcachofra, alecrim e outras).

Casado com Sandra Suzuki, Satoshi pai de Saiuri, 27 anos, e Sara Saiko, 23.

“Eu sempre pensei que ter o crédito é mais importante que o dinheiro. Comecei pequeno e com uma estufa, fiz um financiamento no banco e com a venda da produção pagava esse valor financiado, então vendia novamente e reinvestia o lucro. Então fui crescendo aos poucos, e hoje produzimos 100 mil mudas/dia e 3 milhões de mudas por mês”.
Satoshi é o primeiro vereador de origem japonesa do RS. Ele foi eleito em 2016 (2017 a 2020), na terceira eleição que participou. Antes de se eleger foi suplente de vereador (2008 a 2012). “Entrei na política para contribuir com parte do meu tempo para a coletividade”, afirma.