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A doce produção de schmier caseira durante a 16ª Schmierfest por Veleda Führ
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Será feita a demonstração do preparo durante os seis dias de evento
Cândido Nascimento
Presidente Lucena– Há pelo menos meio século, Veleda Weber Führ, 64 anos, faz schmier colonial caseira. Sua experiência na produção do principal produto da Schmierfest, leva ela a participar da 16ª edição do evento, expondo seu produto único, que leva três ingredientes: batata-doce, laranja e abóbora de pescoço.
Veleda e a família pretendem fazer em torno de 180 quilos de schmier comum durante os seis dias de festa, devendo fazer em média 20 quilos cada dia. Sua participação no Parque Municipal Egon Gewehr, começa na sexta-feira à tardinha, com um espaço dedicado a essa fabricação, demonstrando para os visitantes como é feita a receita do doce tradicional, que pode levar até um dia inteiro para chegar ao ponto desejado.
O marido da produtora, Osmar Mathias Führ, 66 anos, também aprendeu a fazer schmier ainda pequeno, quando morava com os pais na localidade de Picada Feijão. É ele quem ainda trabalha na parte mais pesada, direto na roça, plantando cana, aipim, batata-doce, abóbora, alface e outros produtos.
Veleda e Osmar estão casados há cerca de 40 anos. São pais de Júlia (43), Felipe (40) e Josiane (38). A mulher conta que os pais, José Danilo Weber e Maria Josefina Führ Weber, já trabalhavam no setor agrícola no município quando este ainda pertencia a Ivoti. Eles plantavam cana, batata-doce, abóbora e até soja. Os sogros, Aloísio e Hilda Führ, também eram do segmento agrícola.
PRODUÇÃO MANUAL
Segundo Veleda, toda a produção da schmier colonial é feita manualmente. Isso já vai desde o plantio dos produtos, colheita e preparo dos ingredientes para fazer o melado. Com o melado já pronto, ela leva por volta de 4 horas para fazer um tacho do doce. Se começar sem o melado, leva o dia todo para fabricar artesanalmente o principal preparo.
Quanto ao produto que ela mais gosta de fazer, comenta que aprendeu o seu feitio com a mãe desde pequena e só parou quando foi trabalhar na antiga calçados Dilly, após os 16 Anos. Ela também trabalhou por um período de quase 20 anos na Escola Ursinho Carinhoso, onde se aposentou.
ABELHAS
Um fato curioso é que no mais recente evento do município, quando Veleda preparou a sua schmier, as abelhas começaram a chegar e ela teve que fazer um intervalo. Não por medo das abelhas, que também preparam algo doce, que é o mel, mas preocupando-se que as pessoas não fossem picadas por elas. Nesse ano, as caixas de abelhas situadas próximas deverão ser retiradas por precaução.
A FESTA
Sobre a festa mais doce do Município e da região, Veleda destaca é que é muito importante para todos, pois tem muitos produtores de cana e, pelo menos, uns seis ou sete fabricantes de schmiers e melado, além da cachaça, todos originados da cana-de-açúcar. “Eu acredito que é uma grande festa, bem planejada e que valoriza o nosso município”, conclui.