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Região

Anna e família dedicam-se à produção de hortaliças diversificada em Lindolfo Collor

06/06/2025 - 09h54min

Atualizada em 06/06/2025 - 12h24min

Anna e a sogra se aplicam diariamente ao serviço da roça, junto com a família (Crédito: Cândido Nascimento)

 

                         Toda estrutura já está pronta para as futuras gerações trabalhar na roça

Lindolfo Collor
Por
Cândido Nascimento

Anna e Daniel Backes cultivam durante o ano todo uma grande variedade de hortaliças na propriedade familiar rural de 14 Colônias. Eles participam desde o início da Feira do produtor Rural (Boa Vista), já tiveram fruteira no Centro e vendem produtos na Ceasa três vezes por semana. Os antepassados de ambos são ligados à agricultura. O produtor é filho de Ivone e Inácio Backes (em memória), que tiveram três filhos: Arnaldo, 52, Daniel, 50 e João Paulo, 45. Cada irmão segue o seu plantio, utilizando os implementos e galpões de forma conjunta.

Daniel e Anna são pais de Daiana, 29, Djonathan, 20, e Yasmim, 6 anos. A filha mais velha do casal tem um comércio próprio em Presidente Lucena e o segundo filho ajuda desde pequeno nas lidas da roça, inclusive plantando, colhendo e dirigindo trator. Na propriedade tem uma ampla estrutura de galpões, dois tratores e diversos implementos, incluindo carretões, arados, canteirador, entre outras.

Os mais antigos tinham acácia e algumas cabeças de gado, e plantavam milho, aipim, sendo uma produção voltada ao consumo familiar. Atualmente o foco é para o repolho, couve folha, tempero verde, alface, rúcula, pimentão, milho, aipim, beterraba, entre outros. O próximo plantio será de tomate e pimentão. Mas também são vendidos bergamotas e laranjas na Ceasa e na Feira do Produtor. São fornecidas ainda aos clientes: abacaxi, mamão, abacate, banana e maçã, frutas adquiridas de terceiros. Também são entregues hortaliças que vão fazer parte da Merenda Escolar.

A CONTINUIDADE NECESSÁRIA

A sucessão familiar na propriedade rural é sempre um assunto bastante discutido e até polêmico, pois muitos jovens não querem mais permanecer na agricultura, apesar que é desse setor que sai a comida que vai para a mesa do brasileiro. Contudo, os pais acreditam que Djonathan vai dar sequência ao trabalho desenvolvido até o momento atual. Em cada geração houve uma fase de dificuldades, mas a atual vai encontrar uma estrutura pronta.

“O nosso filho sempre acompanhou o trabalho, desde gurizinho, sempre foi interessado e gosta muito de trabalhar na agricultura, seja lavrando, plantando, colhendo ou acompanhando na Ceasa, quando não têm outra pessoa para ajudar com o carrinho”, afirma Anna com orgulho. A filha mais velha já é independente e a mais pequena ainda terá tempo para decidir se vai atuar nesse setor ou seguirá outra profissão.

De acordo com a produtora rural é necessário que as crianças recebam incentivo dos pais para, futuramente, exercerem a profissão nesse segmento.

CUSTEIO E FINANCIAMENTO

O casal é parceiro da Cooperativa Sicredi Pioneira há mais de 20 anos, pois precisou adquirir mais um trator pelo Pronaf Mais Alimentos e financiamento de custeio. O custeio é para adquirir adubo, sementes, plástico, etc. O primeiro trator, marca Yamaha 1160, foi adquirido há mais de 15 anos, e o segundo, da mesma marca, modelo 1155, foi adquirido mais tarde, pelo Pronaf, via Sicredi. Ele é menor, para facilitar o acesso às estufas.

AJUDAS IMPORTANTES

Segundo Ana, a Emater, através da engenheira agrônoma Flávia Kaufmann, tem auxiliado bastante na parte da orientação técnica, elaboração de projetos, junto ao produtor rural.

O auxílio da Prefeitura, que tem 16 subprogramas de apoio ao produtor rural do Município é de fundamental importância para a continuidade do trabalho. A ajuda é na aquisição de sementes, junto ao Governo do Estado, programas mudas de acácia, em parceria com a empresa Seta, entre outros. Há também o auxílio na colheita do milho silagem e acessos às propriedades rurais. “Procuramos produtos de qualidade para prestar um melhor auxílio aos nossos valorosos produtores familiares rurais”, explica o prefeito Gaspar Behne.

Sobre as dificuldades relacionadas ao clima e outros fatores, Anna comenta que não é nada fácil realizar o serviço da roça, sendo que a mulher ainda tem a tripla jornada de cuidar da casa e dos filhos. “Muitas vezes o serviço do agricultor não é valorizado, há período de vendas menores, mas é muito gratificante estar na roça; o meu marido gosta do que faz, acredito que ele não iria fazer outra coisa, além de trabalhar na roça”, conclui a Moradora de 14 Colônias.

 

 

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