Região

Aos 40 anos, Fundação Assistencial de Dois Irmãos propõe metodologia baseada na criança como protagonista

10/10/2023 - 16h58min

Atualizada em 11/10/2023 - 15h11min

Crianças aproveitam o dia ensolarado para explorar materiais naturais guiadas pelas educadoras na Unidade Esperança (Foto: Nicole Pandolfo)

A FADI atende 1184 crianças em 11 unidades em Dois Irmãos, Morro Reuter e Santa Maria do Herval

Por Nicole Pandolfo

Dois Irmãos – Em 1983, a partir da aprovação do Estatuto da Fundação Municipal de Assistência, a FADI iniciou suas ações como entidade pública com a finalidade básica de manter e administrar creches. Mas o objetivo de expansão só seria viabilizado com uma nova constituição jurídica que a tornasse uma Fundação Privada. Por isso, em 1993, empresários do setor coureiro calçadista do município, com apoio do SESI, junto ao poder legislativo e executivo, reuniram-se para definir as estratégias que determinariam a criação de uma Fundação Privada sem fins lucrativos: a FADI, no seu modelo atual.

Cuidar e educar

Cassia Maldaner, diretora da FADI

Hoje, a Fundação atende 1184 crianças de 0 a 3 anos e 11 meses em 11 unidades, nas cidades de Dois Irmãos, Morro Reuter e Santa Maria do Herval. Cassia Schmitz, diretora, explica que o diferencial vem através do olhar pedagógico avançado voltado para o “cuidar e educar”: “A criança é protagonista das suas brincadeiras e a metodologia vem através dela. Até mesmo uma troca de fraldas é uma atividade pedagógica, nada é feito por fazer, tudo tem que fazer sentido.”

Segundo a diretora, manter a excelência em cada setor não é simples, mas um trabalho de caminhada: “A gente faz da vida das crianças a brincadeira mais séria da sociedade.”, explica Cassia sobre a responsabilidade de receber as crianças nesta fase da primeira infância e “entregá-las” para uma escola de educação básica.

“Cuidando de quem cuida”

O diferencial de cada setor, garante Cassia, vem também do cuidado com os funcionários “A gente precisa acolher o nosso profissional.” O resultado se reflete em casos como o da cozinheira Sirlei da Silva Machado que, há 11 anos, se dedica à preparação das refeições dos alunos da Unidade Esperança: “Me sinto muito bem trabalhando aqui. Eu adoro eles (as crianças), eu chego na sala e eles se animam, porque já sabem do que se trata!”

Sirlei da Silva Machado prepara a alimentação das crianças conforme instruções de um profissional de nutrição

Viviane Andréia Claro é educadora há 5 anos na FADI e diz se sentir realizada: “Trabalho com a turma 4, o mais legal é que a gente observa eles e eles têm um carinho enorme por ti. E a gente percebe a cada proposta que traz, a criatividade deles é muito legal.”

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