Aquecimento nas vendas: o impacto do frio no comércio local

ANIE JULIE RODRIGUES

IVOTI

Com o fim do inverno marcado somente para o dia 22 de setembro, muitas mudanças podem acontecer no clima. Os termômetros prometem para esta semana, madrugadas e manhãs amenas, com chance de neve e temperaturas negativas.

Por conta disso, é natural que a população procure por alternativas para enfrentar o frio. Dados do IEMI Inteligência de Mercado revelam que as peças de vestuário para o frio, movimentam 45 bilhões de reais anualmente. No setor de eletrodomésticos, em especial para aquecimento, somente em Porto Alegre, as vendas aumentaram em 43% em relação ao ano passado.

Em entrevista para o Diário, os comerciantes da região central atestam o aumento no número de vendas. A gerente da Loja Colombo, Clarice Friedrichs, falou sobre a alta demanda para os itens:

“Aquecedores a gente já está sem estoque faz 30 dias. Tudo que tínhamos já foi, sobraram apenas alguns fogões a lenha. Os produtos de inverno tiveram muita procura, e nem os fabricantes estão atendendo a demanda. Foi muito bom, esse ano os produtos de inverno saíram com muita força.”

Outra tendência notada entre os consumidores foi a antecipação das compras:
“Até os ares-condicionados estão acabando, e normalmente as pessoas compram mais no verão, então se agora tem muita demanda, automaticamente no verão vai sair mais” – afirma Clarice.

A busca por roupas e cobertas também foi grande, e os lojistas contam com as baixas temperaturas para melhorar o faturamento.

“A gente tá com uma expectativa muito boa, porque quando esfria as pessoas procuram mais coisas com a gente. O campeão de vendas é o pijama, seja em malha ou soft, ele é sempre o mais procurado e depois vem os roupões e edredons. Acaba que por causa do frio as pessoas vem buscar uma coisa e levam mais algumas agregadas, como as meias e roupas íntimas” comenta a gerente da loja Bita Bella, Cristina Woltz.

Outros itens que também são muito procurados são as secadoras de roupa, já que o clima frio e chuvoso prejudica a rotina de quem usa o varal para secar as roupas. Segundo dados sistema de inteligência de mercado WebPrice, houve um aumento de 15% no preço das máquinas.