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Região

Bombeiro de Ivoti é convocado para combater incêndios em Mato Grosso do Sul

28/08/2024 - 15h41min

Atualizada em 28/08/2024 - 16h14min

Soldados Marcelino, de Novo Hamburgo, e Kieling, de Ivoti (FOTO: Divulgação / Soldado Kieling)

Por Geison Concencia

Ivoti – Há cerca de dois meses, o Rio Grande do Sul passava por um dos capítulos mais trágicos em sua história, provocado pelo grande volume de chuvas e alagamentos que devastaram cidades inteiras. Naquele período de fragilidade pela qual o Estado passava, surgiu uma corrente do bem, formado, inclusive, por bombeiros de outros recantos deste país. Agora, porém, outra emergência surge no Brasil, as queimadas em Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Em gratidão pelo socorro de outrora, o Rio Grande do Sul envia seus soldados para retribuir a ajuda, auxiliando neste momento, os compatriotas que também necessitam de apoio. Um desses militares, é o soldado Kieling, do Corpo de Bombeiros de Ivoti. Com uma ampla experiência nesse tipo de ocorrência, ele faz parte da soma de esforços para acabar com as queimadas.

Soldado Kieling tem propriedade no assunto, já que possui em seu currículo, curso de Instrução e Nivelamento de Conhecimento pela Força Nacional de Incêndio Florestal, feito em 2021; atuou em Incêndio Florestal em Porto Velho-RO em 2021; incêndio florestal em Rio Branco e Sena Madureira, no Acre, em 2022; e em outros incêndios florestais dentro do Rio Grande do Sul, atuando em São Borja, Uruguaiana e Mostardas.

“Viemos com quatro camionetes, quatro por quatro, duas camionetes equipadas com kit de água para incêndio florestal e duas viaturas para apoio de material. Começamos a fazer monitoramento e reconhecimento das áreas, indo até a área do Pantanal e algumas aldeias indígenas. Nossa prioridade é a área de mata, visto a questão da natureza, principalmente, em função dos animais. Bastante animais silvestres, tipo onça, cobras. É uma diversidade que a gente encontra no Pantanal do Mato Grosso do Sul”, explica Kieling.

Desde a semana passada, Kieling está em Miranda, cidade que fica há mais de 1500 km de Porto Alegre e 208 km da capital mato-grossense, Campo Grande. O cenário na região do Pantanal é grave, com focos de incêndios que ameaçam a vida silvestre. “Os moradores desta região nunca viram algo assim, tamanha força do fogo. Tem lugares que o fogo pegou reservas, onde tinha árvores nativas e animais silvestres. Essas espécies enfrentam desnutrição, devido à destruição provocada pelos focos de incêndio ter eliminado a fauna e flora. Ao conversar com as pessoas da região, elas acreditam, a princípio, que este é um dos maiores incêndios florestais, comparado com os outros”, comenta Kieling.

“A distância de casa aperta bastante, mas ajudar as pessoas está no meu sangue”

Kieling está desde o último sábado em Miranda, sem data definida para retornar a Ivoti. O compromisso de salvar vidas às vezes requer certos sacrifícios, como ficar longe da esposa e dos dois filhos. “Eu tenho um apoio bem grande da família, minha mulher segura as barras, enquanto estou em missões. Ela sabe que é uma coisa que não adianta, ajudar as pessoas está no meu sangue”, fala Kieling.

Soldado de Ivoti está na instituição há cerca de 20 anos. Segundo Kieling a família não só acostumou, como apoia as operações.

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