Região
Câmara de Estância Velha discute criação de cargo para assessor parlamentar

Por Geison Concencia
Um projeto divide opiniões em Estância Velha: a criação do cargo de assessor parlamentar. O início das tramitações desse projeto foi publicado na quarta-feira (14).
O presidente da Câmara de Vereadores, Edenilson Klaus, o Nina, disse que somente iria se manifestar quando o projeto fosse lido na Câmara, pois há chances dele sair da pauta. O vereador Argentino defendeu a criação do novo cargo, argumentando que, apesar do custo estimado em até R$ 300 mil por ano, a presença de um assessor contribuirá para aumentar a produtividade do gabinete e melhorar o atendimento à comunidade.
“O que sempre disse é que, no mínimo, esse cargo dobraria minha capacidade de trabalho. Hoje, 80% das demandas que chegam aos vereadores — não tanto a mim, mas no geral — são pedidos de providência. “Ah, precisa trocar uma lâmpada”, ou então mandam um vídeo mostrando como está o esgoto. São questões que cabem ao Executivo, não ao Legislativo. Isso toma muito tempo e energia do nosso mandato, que deveria estar focado em estudar e elaborar projetos de lei”.
O vereador explica que vai ao Departamento da Polícia Civil de repressão contra crimes na administração para entender como é o processo deles e de que forma posso contribuir. Também mencionou que procura o Tribunal de Contas para conversar, e até mesmo a Delegacia de Crimes Organizados, a fim de entender como pode atuar em casos específicos relacionados ao setor público. “Esse tipo de trabalho, que muitos não fazem, só é possível porque tenho mais tempo disponível”.
Para Argentino, um assessor é fundamental para garantir esse nível de atuação. Ele ainda pontua que a maioria dos vereadores possui outras ocupações além do cargo na Câmara.
COMUNIDADE RELUTA EM ACEITAR MAIS CARGOS
Alguns moradores de Estância Velha não aceitaram qualquer menção à ideia. Apesar de ser apenas publicado e não ter entrado em pauta de análise e apreciação, somente os rumores de um cargo de assessor parlamentar deixou moradores revoltados.
Antonio Cesar não vê motivos para aumentar o número de servidores na Câmara e afirmou que dinheiro deve ser aplicado em outras áreas. “Sou sincero. Sou contra mais assessor para vereador. O dinheiro que vai para a assessoria pode ampliar um colégio – uma alimentação melhor. A Educação deve ser o tópico, seguido de Hospital e a Praça do Campo Grande, que está abandonada”, disse Antônio.
Para Liliane Fragoso, que tem um filho que precisa de acompanhamento permanente na escola, recursos poderiam ser aplicados para suprir essa demanda. “Como mãe e moradora de Estância Velha, acho que tem outros lugares que necessitam mais. Eu tenho um filho que tem laudo, que precisa do acompanhamento de um professor. Na escola que ele vai falta esse profissional. Então, acho existem outras demandas”, questiona Liliane.
- Liliane Fragoso
- Antonio Cesar