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Confira como ficou a casa enxaimel que foi consumida pelas chamas em Ivoti

02/11/2025 - 17h01min

Fotos: Érick Maia

Conhecida como Casa Herrmann, o patrimônio tem mais de 100 anos

Um dos patrimônios históricos de Ivoti, uma casa em estilo enxaimel localizada no bairro Vista Alegre, na Avenida Presidente Lucena, foi consumida pelas chamas na madrugada deste domingo, dia 2 de novembro. O Corpo de Bombeiros de Ivoti foi acionado após o início do fogo, chegando ao local por volta das 3h54. O combate contou com o apoio dos Bombeiros de Estância Velha.

De acordo com as informações, a guarnição atendeu à ocorrência com o caminhão de combate ABT 1314, e o trabalho durou cerca de 40 minutos até o controle total das chamas. A casa estava desabitada há algum tempo. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio.

Entre os escombros e a fumaça, a parte interna do patrimônio ficou irreconhecível. O piso e o teto de madeira foram destruídos pelo fogo, restando apenas parte da estrutura das paredes após o intenso calor no local.

 


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

A residência conhecida como Casa Herrmann, é reconhecida como patrimônio histórico do município pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Estima-se que a construção tenha mais de 100 anos e representa um importante símbolo da arquitetura enxaimel trazida pelos imigrantes alemães que colonizaram a região.

De acordo com o documentário “Um olhar afetivo sobre o enxaimel de Ivoti”, produzido pela Sociedade Ivotiense de Estudos Humanísticos (SIEHU) e disponível no YouTube, a última moradora, Elcy Dillenburg Herrmann, já falecida, relatou que o local chegou a funcionar como salão de bailes e também fábrica de calçados.

O que também foi citado na reportagem do Diário publicada em 2016, Paulo Ricardo Herrmann, filho de Elcy, contou que a casa, além de residência familiar, abrigou uma fábrica de botas, chinelos e tamancos.

Nos fundos da edificação principal existia outra construção, típica das moradias antigas, que servia como cozinha separada. Mais atrás, havia ainda uma terceira estrutura (hoje demolida( feita de pedras e argamassa de barro, onde funcionaram uma ourivesaria e relojoaria.

A casa pertencia aos avós de Paulo, Carlos Alberto e Amália Delfina Dillenburg, que a adquiriram por volta de 1952 da família Dienstmann. Antes disso, o imóvel já havia pertencido à família Bauermann.

 

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