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Região

Deputados do Novo pedem convocação de Lewandowski

23/01/2025 - 13h18min

Deputados querem explicação sobre a relação entre MJ e ONG ligada ao PCC

Estado- Um pedido formal de convocação já está preparado para ser protocolado na volta dos trabalhos pela líder do Novo, Adriana Ventura (Novo-SP), e pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), exigindo que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, compareça ao plenário da Câmara dos Deputados para esclarecer a participação de uma Organização Não Governamental (ONG) suspeita de vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em reuniões no Ministério da Justiça.

“Desde as eleições, alertamos sobre os vínculos do PT com o crime organizado, enfrentando até censura por expor essa realidade. Agora, com o Ministério da Justiça abrindo suas portas para representantes ligados ao PCC, assim como já havia feito com o Comando Vermelho, nossos alertas se confirmam de forma clara e inegável. Não podemos permitir que o Brasil se torne um narcoestado, onde o crime organizado dita as regras. Exigimos respostas imediatas do governo e rejeitamos qualquer tipo de diálogo com criminosos”, alertou o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).

O requerimento destaca que a ONG em questão, identificada como “Pacto Social e Carcerário de SP”, teria participado de discussões com dirigentes do Ministério, inclusive eventos públicos como uma audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo investigações, a ONG seria fachada para atividades do PCC, uma das principais facções criminosas do país, com dirigentes já presos em operações da polícia.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou que “é inadmissível que o ministério responsável pela segurança pública receba representantes de organizações ligadas ao crime organizado, especialmente quando há investigações e provas que apontam para essa relação direta”.

O caso ganhou maior repercussão após ser revelado que o MJ teria arcado com despesas de viagem de uma das líderes da ONG, que posteriormente foi presa por envolvimento com o crime organizado. O ministério já havia enfrentado críticas em 2023, quando foi apontada a recepção de outra figura ligada a facções criminosas no Amazonas. Desde então, o ministério declarou que realizaria mudanças de segurança para evitar situações similares.

Segundo o requerimento, “se, de fato, as regras foram alteradas e agora o ministro recebe faccionados do PCC, presume-se que os atendeu com ciência de quem eram. Caso contrário, as supostas mudanças no esquema de segurança alardeadas em 2023 foram para inglês ver.”

“A transparência precisa ser a base das ações do governo. Não é aceitável que reuniões com potenciais criminosos sejam tratadas como normais em um órgão que deveria combatê-los”, afirmou a líder do Novo, deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

Os deputados signatários do pedido reforçaram que o comparecimento do ministro é essencial para esclarecer os fatos e garantir que o Executivo aja dentro dos princípios éticos e legais. Segundo eles, a confiança nas instituições públicas e a fiscalização rigorosa são pilares indispensáveis da democracia brasileira.

O trâmite para a aprovação do requerimento em plenário é por  maioria simples. Basta o presidente da Casa pautar o requerimento.

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