Região
DIA DO ATLETA: A juventude e a continuidade dos esportes
Quem representa a cidade e o estado nas competições
Por Anie Julie Rodrigues
Celebrando a data, o Diário contará duas histórias de jovens atletas promissores do município de Ivoti, que dão margem ao futuro do esporte na região.
Neste sábado, dia 21 de dezembro, é celebrado nacionalmente o dia do atleta. A data foi oficializada no Brasil por meio do Decreto nº 51.165, de 8 de agosto de 1961, do ex-presidente Jânio Quadros. O dia foi escolhido para homenagear os atletas que representam o país em competições, mas a profissão de atleta foi reconhecida no país pela Lei nº 9.615, somente de 24 de março de 1998.
Conhecida como Lei Pelé, garantiu que os atletas profissionais fossem reconhecidos como empregados e tivessem suas remunerações e especificações de trabalho em contrato. A palavra atleta vem do grego athletes e do termo aethos, que significa esforço.
A afeição pelo esporte muitas vezes nasce junto com quem o pratica, seja por herança afetiva ou pela descoberta de um talento ainda durante a idade escolar. No caso dos gêmeos Mateus Augusto Führ e Miguel Giovane Führ, a relação com o atletismo surgiu de forma inesperada. Em entrevista ao Diário, os dois medalhistas contaram como foram apresentados aos esportes em que hoje competem.
Durante uma exposição de carros antigos em Novo Hamburgo em que a família estava, um professor da APAE de Portão prestou atenção nos gêmeos e tomou coragem para conversar com os dois. A mãe dos gêmeos, Alexandra Hensel, contou sobre o momento:
“O Paulo, ele é um professor da APAE de Portão, que participa da Delegação Gaúcha de Paratletismo. E ele ficava nos seguindo lá no evento, lá na Expo Classic, e nós estávamos olhando os carros, e ele ficava cruzando por nós. E aí, chegou uma hora que ele parou lá, “não me aguento, vou ter que perguntar. Eles fazem algum esporte?” Não, não fazem nada. Aí, ele se abaixou, assim, na frente das cadeiras deles, e fez uns testes. Aí, ele começa a testar, eles ali dele, e ele disse, “ah, só na classificação de vocês, já posso te dar
tantas coisas lá que eles podem fazer.”
A partir daí, os atletas, que hoje têm 13 anos, passaram a treinar e em pouco tempo, já representavam o estado e a cidade em diversas competições de paratletismo, e atualmente já conquistaram mais de 20 medalhas. Além do reconhecimento conquistado na comunidade, existe também a dedicação e o esforço: o treino para as categorias é realizado em Canoas por conta da estrutura, e os dois dão continuidade aos estudos em meio a viagens e competições. Mateus e Miguel competem nas modalidades corrida de cadeira de rodas, arremesso de peso e lançamento de pelota. Mateus é recordista nacional no lançamento de pelota e Miguel é recordista nacional no arremesso de peso.