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DIÁRIO RURAL: Casal de Picada Feijão faz das feiras sua principal fonte de renda

17/08/2024 - 09h36min

Protácio e Maria Beatriz com alguns dos produtos. Foto: Nadine Dilkin

Protácio e Maria Beatriz estão presentes no Centro, Núcleo de Casas Enxaimel e Colônia Japonesa

POR NADINE DILKIN

IVOTI: O casal Protácio Führ, 58 anos e Maria Beatriz Führ de 56, mora em Picada Feijão e faz das feiras de Ivoti a sua principal fonte de renda. Protácio trabalha na agricultura desde a sua infância e Maria se uniu a ele na vida e no serviço junto às plantações.

Além de plantar, aipim, batata-doce, milho, feijão, brócolis, couve-flor, beterraba, alface, cenoura, tem criação de animais como galinha e porco na sua propriedade. Também faz a produção de schmier colonial.

INCENTIVO DOS PAIS

“Estou lidando na agricultura desde que nasci” conta Protácio, relatando que teve o incentivo dos pais, para seguir os passos deles. “Nós começamos cedo, tinha uns 8 anos já ia para a roça. Naquela época era judiado. Trabalhava em função dos animais, plantava para tratar os animais e consumo próprio.

O casal começou a trabalhar com feiras há cerca de 36 anos, desde o falecimento do pai de Protácio, José Norberto Führ. Foi um pedido que o pai fez ao filho, para que ele continuasse na lida do campo e na venda de produtos nas feiras. No começo pai e filho trabalhavam juntos na produção e vendas.

“Tem que estar sempre na luta”, conta Protácio.

FEIRAS

A partir de 2005 estão presentes na Feira do Produtor, situada à rua Bento Gonçalves, atualmente atende nas quintas à tarde (13h às 18h) e sábados pela manhã (7h às 11h).

Eles também chegaram a vender produtos na praça do Centro por cerca de oito anos, nos sábados. Protácio relembra que o prefeito dessa época, Arno Müller, comprava todos os produtos, e levava para as creches. “Não deixava a gente voltar para casa com nada”, relembra o produtor rural. Também já vendeu o fruto das colheitas por um período no Ginásio Municipal.

Além disso, os Führ fornecem produtos para as escolas dos municípios. “Estamos nos mantendo só com o dinheirinho das feiras. É a nossa renda”, relata Maria.

CLIENTES FIÉIS

O casal também vende seus produtos na Feira Colonial localizada no Núcleo de Casas Enxaimel nos domingos. E no último domingo do mês eles estão presentes na Feira da Colônia Japonesa.

Protácio conta que tem os clientes fiéis que sempre compram os produtos dele. No Núcleo, a maioria são compradores de outras cidades como: Novo Hamburgo, Esteio, Sapucaia do Sul. Esses são clientes de vários anos. E lá na Colônia Japonesa eles têm clientes que vêm de Dois Irmãos. “A pessoa não vem para pegar só uma coisa, eles fazem um rancho de vários produtos. As pessoas vêm para comprar e não olhar”, ressalta.

PERDAS DEVIDO AO TEMPO

Na plantação de alface e rúcula, tiveram a perda por três vezes a partir de maio. “Primeiro foi a chuvarada e depois a geada que matou as plantas. Agora que está começando a crescer”, retrata Protácio. O casal está aguardando a ajuda da Prefeitura e Emater.

“Na semana que teve um pouco de sol, dava para ver crescer a plantação. É bom assim, quando vem o sol e dá uma chuvinha, tudo o que plantamos cresce com força de novo”, concluem.

 Maria Beatriz com alguns dos produtos colhidos em sua plantação.

Protácio Führ colhendo cenoura em sua propriedade

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