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Região

Diário Rural: neta de agricultores, Kota investe em pães e cucas caseiros em Ivoti

11/10/2024 - 09h55min

Atualizada em 11/10/2024 - 09h55min

Kota e Adão de Jesus mostram com orgulho o resultado do seu trabalho (Crédito: Cândido Nascimento)
Junto com o esposo Adão de Jesus, empreendedora se orgulha do trabalho dos antepassados

Por

Cândido Nascimento

Natural de Ivoti, Marlei Frohlich, 59 anos, e o esposo Adão de Jesus, 55, trabalham fazendo pães e cucas artesanais desde 2013, na Nova Vila, onde residem desde 2007. O apelido foi o pai dela quem deu, chamando a filha de “Maricota”, e depois ficou resumido em Kota. Eles se conheceram em um encontro de igreja, pois ela era missionária, e moraram em Vitória do Xingu, no Pará, onde o esposo morava. Casaram em 1999, e tiveram os filhos Otto, 24, e Hugo. Adão é também pai de Adelcio.

Kota é filha de Maria Elony e Armindo Frohlich. Ela é a segunda filha mais velha de cinco irmãos, sendo irmã de Henrique José (Rigui), Marcia, Gerson e Margit. Depois da viagem onde conheceu o esposo, ela retornou com a família para Ivoti em 2006. Um fato interessante é que a empreendedora lembra que a parteira do município na sua época era Guilhermina Mertins, que ia nas casas realizar o trabalho de parto.

“ANTIGAMENTE ERA MAIS DIFÍCIL A VIDA DOS PRODUTORES RURAIS”

SISTEMA DE TROCAS

Kota lembra que o pai era caminhoneiro, e que o avô materno, Otto Seewald, casado com Selma Seewald, era produtor rural, plantava acácia e criava alguns animais e plantava milho e aipim, além de verduras. Naquele tempo era uma produção mais de subsistência e funcionava num sistema de trocas, trocando ovos e galinhas por farinha e outros produtos.

O meu avô também era músico e tocava pistão em festas de aniversário, casamentos e bailes, e também fazia parte da Bandinha da Saudade”, lembra a moradora. Como o serviço era mais braçal, era muito mais difícil, pois não havia as máquinas agrícolas que os colonos de hoje possuem. Outro fato lembrado por Kota é que o avô caiu da carroça e uma pedra atingiu um olho dele, que teve perda de visão nesse olho, mas após o tratamento continuou a trabalhar na roça.

Eu tenho orgulho das minhas raízes, pois foram os produtores rurais que impulsionaram tudo”

HÁ 11 ANOS PRODUZINDO CUCAS

Tudo o que Kota sabe a respeito de cucas e pães aprendeu com a sua mãe, mas chegou a fazer um curso técnico na área de panifício. O começo foi com um forno pequeno, e hoje são quatro fornos a lenha. A produção alcança entre 250 a 300 cucas e pães por semana. Os pães são o integral, de milho, batata-doce e de aipim. Já as cucas são a simples, e feitas nos sabores uva, côco, chocolate, framboesa e abacaxi.

O casal entende que é necessário o financiamento para os produtores rurais e empreendedores. Recentemente foi feito um financiamento para capital de giro. “É necessário ter esses recursos, e financiamos com o Sicredi, a juro baixo, para capital de giro e o negócio ir crescendo a cada dia”, explica Adão. Os clientes são fruteiras, mercado e alguns específicos que fazem encomendas. O contato é pelo fone: 51-99645-3833.

 

 

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