Diário Rural: produtor de Ivoti fornece banana prata para a merenda escolar

O clima é um fator que atrapalha, mas existem cuidados para preservar as plantas da geada

Por

Cândido Nascimento

Ivoti – O produtor José Arnhold, 58 anos, adquiriu as primeiras 30 mudas de banana prata há 15 anos e hoje já são mais de 3.000 pés da planta. Há 14 José começou a fornecer frutas com qualidade para a merenda escolar. O pedido é semanal e a entrega é feita sempre nas segundas-feiras. Filho de Otto e Loni Arnhold (em memória), José chegou a trabalhar em curtume e numa empresa de schmier, mas voltou para o campo. Casado com Márcia, ele é pai de Daniel e Manoel. O irmão Normélio, também é produtor rural e a irmã Celita, aposentada.

José lembra que auxiliava os pais nas lidas do campo, mas ficou fora desse serviço rural por vários anos, retornando aos 48 anos. O produtor rural lembra que primeiro surgiu um projeto no município para fornecimento de alimentos para a merenda e, na época em que começou, ele optou pela banana prata, pois a terra próxima a morros auxilia para evitar que as plantas peguem geada, e a produção dura o ano todo. A média é de 500 quilos de banana por semana.

O trabalho que iniciou como um hobby consiste atualmente na principal renda da propriedade, destaca o morador da Nova Vila. A entrega das frutas às creches e escolas é feita no seu carro, um Ford Ecosport. Segundo destaca o produtor, o trabalho agrícola não é fácil devido às instabilidades climáticas, mas não trocaria por outro serviço atualmente.

PARCERIA SICREDI

José Arnhold é associado ao Sicredi há mais de 15 anos. Em 2017 ele adquiriu o seu trator Case pelo Sicredi, através do Pronaf Mais Alimentos. No ano seguinte adquiriu um carroção e a grade aradora. O equipamento é para auxiliar no transporte das mudas e das mercadorias e na lavração da terra. Com juros de 5% ao ano, o produtor destaca a importância da parceria, que auxilia bastante os pequenos e médios produtores. Feliz, conta que vai pagar a última prestação do trator em outubro de 2026.

MAIS LIBERDADE NA ROÇA

Ele levanta por volta das seis da manhã, faz um chimarrão, depois toma café e segue o serviço junto às bananeiras, desde os cuidados até a colheita das bananas, que acontece durante o ano todo. Arnhold afirma que foi importante trabalhar nas empresas, mas o serviço na produção rural proporciona uma maior liberdade. “É outra coisa tu trabalhar perto da natureza, ouvir o canto dos passarinhos e poder fazer o teu próprio horário. Se eu pudesse voltar no tempo teria começado antes”, conclui.