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Região

Diário Rural: Produtor de Presidente Lucena investe em chips de batata-doce e aipim

30/04/2025 - 15h35min

Produtor tem a maior venda na Ceasa

Do antigo sistema de produção para subsistência, família Laux vende hoje na Ceasa

Cândido Nascimento

Presidente Lucena – A tradição familiar de produtores prossegue no sangue de Denilson Laux, 34, que planta batata-doce e desde outubro do ano passado decidiu investir em uma agroindústria chips de batata-doce, batata e aipim, que são feitos pela esposa, Marilene Sates Laux. Ele precisou fazer um financiamento (Pronaf) para custeio dessa produção, via Sicredi. A agroindústria surgiu como uma maneira de complementar a renda, agregando valor à propriedade. A ideia é consolidar a marca e crescer de forma sustentável, explicam os empreendedores.

ANTEPASSADOS PLANTAVAM PARA SUBSISTÊNCIA

Os avós paternos chamavam-se Otto Felippe Laux e Elvira Olinda Laux (ambos falecidos) e os avós maternos eram Otto Bock e Leonida Bock (também falecidos). Duas propriedades foram adquiridas pelos avós e uma terceira pelos pais de Denilson, Nelson Felippe Laux e Alice Bock Laux. Os avós tinham vacas de leite e porcos de engorda e produziam algumas hortaliças para subsistência. Já os pais vendiam a produção em mercados de Novo Hamburgo e região. Também o irmão de Denilson, Deivison Laux, trabalha junto na produção rural. No começo os produtores plantavam batata-doce, aipim, milho verde e verduras em geral. A principal venda é realizada na Ceasa. No começo a família tinha um pequeno caminhão, marca Mercedes 914 e depois veio o maior, um VW 17250, que foi adquirido em 2022.

NA CEASA DESDE 2013

O produtor realizou Curso técnico na Escola Bom Pastor, em Nova Petrópolis, entre 2006 e 2008, com estágio e diploma em 2009. Depois desse período passou um ano na Alemanha e, quando retornou, auxiliou os pais na propriedade. A partir de 2013 a família começou a vender seus produtos na Ceasa de Porto Alegre. A produção atual é de aipim, repolho, milho verde e batata-doce. Ainda há alguns animais apenas para consumo próprio na propriedade. Mas o principal produto continua sendo a batata-doce, vendendo em torno de 1000 caixas/mês. O plantio da batata-doce e do aipim é de setembro a dezembro e a colheita já é a partir de dezembro, encerrando na metade do ano. A partir de abril é o plantio do repolho.

INCENTIVOS PELO PRO IN RURAL

Incentivos e auxílio sempre são necessários na agricultura, pois o desafio sempre é grande, desde o clima que ninguém controla, como oferta e a demanda, que oscilam os preços e a rentabilidade. A Prefeitura auxilia no serviço completo de maquinário, lavração, silagem, colheita de milho seco, fornecimento de adubo.

EMATER

Outro destaque é o papel da Emater para repassar o conhecimento e os meios para auxiliar os agricultores, tanto no caso de cursos como na questão de projetos para custeio, financiamento e investimento. Isso é fundamental para o desenvolvimento do setor, avalia o empreendedor familiar rural.

SUCESSÃO FAMILIAR

Denilson e Marilene são pais de Julia, de três anos. Segundo o produtor, a sucessão familiar é importante, mas precisa acontecer ao natural. Começa integrando a filha já desde pequena para acompanhar a rotina. Se ela gostar da profissão e tiver a aptidão ao serviço rural, tudo acontece naturalmente.
“Desde bebê éramos levados junto na roça, porque não existiam creches. Quando começamos a ir na escola, em meio turno acompanhávamos os pais na roça, passando a ajudar com uma idade maior e mais conhecimento”, explica. Ele destaca que nasceu no meio rural e é o que gosta de fazer, pois é preciso fazer algo que se gosta, ser persistente naquela atividade. “As coisas acontecem com o tempo, nada é do dia pra noite”, afirma.

 

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