Região
Diário Rural: produtora de Linha Nova tem amor e dedicação às flores há mais de três décadas
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O carinho com as plantas é compreendido pelos vizinhos e clientes
Cândido Nascimento
Linha Nova – A produtora Margarete Zimmer,54, traz desde criança. Além de hobby, de trabalhar por prazer com as flores, ela faz do cultivo a sua profissão. Natural de Morro Grande, onde os pais trabalhavam na agricultura de subsistência, ela veio para o Centro de Linha Nova logo que casou, há 31 anos. “Eu amo flores”, resume a moradora.
Casada com Paulo Zimmer, 54, que conheceu em um baile no Salão Bier, e eles são pais de Pâmela, 31 e Everton 29, e avós de Pietro, de um ano e quatro meses. Na propriedade onde moram, no Centro, casualmente atrás do Salão Bier, também plantam morangos e brócolis. Mas o foco de Margarete são as flores. Margarete entende que sem flores as casas não tem beleza e nem aparência. Atualmente, ela tem aproximadamente 500 mudas para cuidar e comercializar.
Ela conta que os pais, Bruno e Maria Mossmann, plantavam geralmente aipim, milho e vendiam leite, pois criavam alguns animais, no Morro Grande. Por isso, desde pequena trabalhou na roça, tendo estudado até o 5º ano na escolinha do Vale do Lobo.
FLORES DA ESTAÇÃO
A produtora comenta que quando começou não havia nenhum estabelecimento que se dedicasse às flores, pois um senhor que trabalhava com essa produção já havia parado. E já vai fazer quase 30 anos que a sua dedicação é quase integral com as plantas que embelezam os jardins da região.
Ela vende para conhecidos e pessoas da vizinhança, além de ter quatro floriculturas de Feliz para as quais fornece suas flores da estação. Para citar algumas: tagetes, tagetinho, alegria de jardim. Petúnia, torenia (amor-perfeito de verão), erica, boca de leão, entre outras.
“Eu procuro ter um preço bem acessível, para que essas pessoas que compram aqui voltem sempre e sejam meus clientes”, explica ela. Alguns compradores chegam a comentar que as flores se terminam de tanto florir, diz ela, que traz de casa o amor pelas flores.
FINANCIAMENTOS
Sobre a questão der precisar ter feito algum financiamento, a empreendedora comenta que ela e o esposo já fizeram um projeto de custeio para a montagem de estufas e para lavoura de tomates há alguns anos, pois os juros são baixos.
O VALOR DA SUCESSÃO FAMILIAR
A sucessão familiar sempre é um assunto que gera debates nas famílias, pois os mais jovens não querem dar sequência ao trabalho desenvolvido pelos pais nas lavouras. Atualmente, os insumos estão cada vez mais caros, o que dificulta o trabalho do pequeno produtor rural.
No caso dos filhos de Margarete e Paulo, eles auxiliam na entrega das flores quando é necessário. Pâmela é engenheira agrônoma e presta serviços para o setor agrícola, que vai desde a análise de solo, acompanhamento de produção, entre outros. Everton vai se formar em Biologia. São setores ainda muito ligados ao trabalho rural.
Quem quiser contatar com o viveiro, ele está localizado à Rua do Imigrante, 87, Centro de Linha Nova.