Região
“É mentira que o dinheiro está chegando ao Rio Grande do Sul”, afirma Marcel van Hattem

O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) criticou duramente o governo Lula sobre o atraso nos repasses de recursos federais para ajudar o Rio Grande do Sul após as enchentes de maio de 2024. Durante a votação de duas Medidas Provisórias sobre o tema, na sessão de quarta-feira (12) na Câmara dos Deputados, Marcel cobrou que uma das MPs prevê a liberação de mais de R$ 107 milhões para estudos técnicos para a prevenção de novas enchentes, mas até o momento apenas R$ 1.733 foram liberados.
– Durante toda a vigência da medida provisória, que é de novembro, com mais de R$ 107 milhões destinados a estudos técnicos para evitar novas calamidades, o governo só conseguiu empenhar e pagar R$ 1,7 mil. Não venham me dizer aqui que nós somos mal-agradecidos, porque isso aqui é incompetência da mais grosseira. Portanto, cabe à Câmara aprovar essa Medida Provisória para que esse recurso não se perca, mas é uma vergonha, de mais de R$ 107 milhões, se empenhar só R$ 1,7 mil, afirmou Marcel durante discurso no plenário.
Marcel também alertou sobre a segunda MP, de outubro de 2024, que destina R$ 383 milhões para a Defesa Civil gaúcha, mas que até esse momento foram empenhados R$ 186 milhões, menos da metade do valor previsto.
– Estamos votando essa Medida Provisória hoje para não perder esse recurso. É o contrário do que estão dizendo, que: “dinheiro está chegando ao Rio Grande do Sul”. Mentira! Falo desta medida provisória, estou dando só este exemplo, há ainda casas prometidas que nem sequer começaram a construir o alicerce, nem projeto há. É graças ao Congresso Nacional, que está votando hoje essa medida provisória, que esse dinheiro não será perdido por incompetência, ineficiência, descaso e desrespeito com os gaúchos por este desgoverno.
O deputado gaúcho cobrou ainda o descaso do governo Lula com o Rio Grande do Sul e lembrou que na abertura da Expodireto Cotrijal, na segunda-feira (10), em Não-Me-Toque, não havia nenhum representante do governo, deputado federal ou senador do PT. Nem o ministro, Carlos Fávero, prestigiou a abertura de uma das feiras mais importantes do agronegócio brasileiro.