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Região

Escola Concórdia realiza projeto vivencial para ampliar a inclusão e a empatia

14/11/2024 - 11h18min

Experiência imersiva mostrou realidade dos alunos com atendimento especializado

IVOTI

Por Érick Maia

Nesta semana, a E.M.E.F Concórdia promoveu a primeira etapa do projeto “Conexões Diversas: Juntos pela Inclusão” para conscientizar estudantes sobre a importância da inclusão e do respeito à diversidade. A ação foi idealizada pela professora Daiana Raquel Spies, responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), com apoio dos auxiliares Juliane Machado de Jesus e João Paulo Mapelli. A experiência ofereceu uma vivência sensorial imersiva que reforça o papel da sala de recursos e a empatia.

Ideia inicial

O projeto começou a ser planejado em julho, com a ideia inicial de apresentar um vídeo para todas as turmas, mostrando a rotina dos estudantes da sala de recursos, que necessitam de cuidados especializados, para conscientizar os demais alunos. No entanto, em determinado momento, a mãe de um aluno apresentou uma reportagem sobre uma experiência realizada em Santa Catarina. “Na reportagem de, havia um aluno autista e, para explicar melhor para a turma, eles realizaram essa experiência sensorial”, relatou Daiana.

Assim, com o apoio de outras formações e aprendizagens, a ideia do projeto foi ganhando nova forma. Até que, em certo momento, a professora Daiana decidiu a realizar a experiência sensorial na Escola Concórdia. “Pensamos que deveríamos fazer algo potente para contribuir com a conscientização dos nossos estudantes sobre o respeito à diversidade e à inclusão”.

Trajeto sensorial

A experiência sensorial foi elaborada para desafiar os sentidos dos alunos. A sala foi preparada com diferentes estímulos que, com os olhos vendados, permitiam que os estudantes vivenciassem a diversidade sensorial enfrentada pelos colegas do AEE. “A sala foi planejada com muitos ruídos e sensações diferentes que perturbam, cheiros. O trajeto começa com os olhos vendados, pra se colocar no lugar do outro e pra aguçar os outros sentidos”, descreveu a professora.

Durante o trajeto, os alunos foram guiados por uma série de obstáculos, passando por texturas e objetos variados como tecidos pendurados, colchonetes, areia, bolinhas de gel, pregos e maisena, até um último obstáculo, um pula-pula. O propósito da atividade, segundo Daiana, é fazer com que os alunos se coloquem no lugar dos colegas que enfrentam desafios sensoriais diariamente. “A ideia é se colocar no lugar do outro, de saber como que é quando a outra pessoa se sente diferente”, ressaltou.

Primeira Etapa

A primeira fase foi realizada durante esta semana, desde segunda-feira, dia 11, até esta quarta-feira, dia 13, com os anos finais. Além da ação, foi feita uma fala inicial para as turmas, antes de proporcionar a atividade. Nas próximas semanas, a experiência será adaptada para outras turmas, incluindo a educação infantil. “O projeto ainda não foi finalizado, porque a primeira etapa foi nos anos finais, em seguida será organizado para os anos iniciais e pra educação infantil, necessitando de uma adaptação por conta da idade deles”, explicou a professora.

A resposta dos alunos e dos professores foi positiva. “O resultado foi muito positivo, eu vi muitos colegas felizes, pensando e repensando a questão da inclusão, da empatia, de se colocar no lugar do outro”, declarou Daiana.

Além dos organizadores, cinco estudantes do 8º ano B prestaram apoio na condução dos colegas durante todo o trajeto sensorial na sala.

Os organizadores do projeto, Juliane, Daiana e Paulo

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