Família presenteia autor com reedição do seu livro depois de 70 anos, em Dois Irmãos

Foi feita uma nova edição d´O Escravo de Cartagena

Dois Irmãos – O escritor e educador Tarcillo Lawisch recebeu um presente especial de Natal da família: a reedição de seu livro “O Escravo de Cartagena”, publicado originalmente há 70 anos. A surpresa veio em forma de 50 exemplares, resgatando uma obra que, na época de seu lançamento, vendeu 30 mil unidades, mas não deixou cópias para o acervo pessoal do autor.

A entrega de mais exemplares dessa edição especial para mais convidados aconteceu na última segunda-feira (17/03), na residência de Tarcillo, em Dois Irmãos. O encontro contou com a presença do prefeito Jerri Meneghetti, do vice-prefeito Juarez Stein, da secretária de Educação Denise Maria Maldaner, da esposa Liria Lucia Lawisch, dos filhos André e Luciano, da nora Bianca Mello de Souza, do editor do Jornal Dois Irmãos, Alan Caldas, da juíza Ângela Roberta Paps Dumerque, e dos apoiadores da reedição, Giovani Eich (do Escritório Klein, Eich & Kuhn Assessoria Contábil), Luiz e Carolina Schaumloeffel (da Funerária Schaumloeffel), além do assessor de comunicação da prefeitura, Leonardo Boufleur.

O prefeito Jerri ressaltou que a reedição de “O Escravo de Cartagena” resgata não apenas um livro, mas a história e o legado de Tarcillo Lawisch. “Essa reedição é fruto de um belíssimo gesto da família, que com carinho e determinação trouxe essa obra de volta à vida, como um testemunho de sua dedicação à literatura e à educação. Mais do que um presente para o autor, esse resgate é um presente para todos nós. Ele reforça a importância de preservar a memória dos nossos escritores e valorizar o conhecimento e a cultura que eles nos deixam”.

Uma história de dedicação

Tarcillo Lawisch, natural de Santa Cruz do Sul, dedicou sua vida ao ensino e à escrita. Com formação em Filosofia pela Faculdade Cristo Rei, foi professor de Língua Portuguesa, diretor escolar, secretário de Educação de São Leopoldo e chefe de gabinete do reitor da Unisinos, onde se aposentou em 2001.

LIVRO

“O Escravo de Cartagena” foi escrito sob o pseudônimo Roberto de Tarso, inspirado na biografia do Padre Pedro Claver, missionário jesuíta conhecido por sua dedicação aos escravos que chegavam ao porto de Cartagena. A primeira edição do livro foi possível graças ao incentivo do professor Afonso Guessinger, que viu no jovem Tarcillo um talento para a escrita e o estimulou a publicar seus textos.
O resgate de uma obra
A reedição só foi possível graças a um acaso do destino: um exemplar da edição original foi encontrado no Instituto Anchietano de Pesquisa e devolvido à família. A partir dele, a obra foi escaneada e reproduzida fielmente, sem alterações no conteúdo, preservando sua autenticidade.
Para Tarcillo, que hoje tem 93 anos, a emoção foi grande ao receber o livro das mãos da família no último Natal. “Não esperava por isso, foi uma surpresa maravilhosa. Ver essa obra novamente em minhas mãos é como reviver um pedaço importante da minha história”, declarou o escritor.
A homenagem reforça o legado de Tarcillo Lawisch para a educação e a literatura, preservando sua memória para as novas gerações.
Em breve, um livro também vai integrar o acervo da Biblioteca Pública Municipal Professor Paulo Arandt.