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Filho do ex-presidente da Piá é investigado por gerar prejuízo de R$ 300 mil à cooperativa

Cooperativa Piá teve prejuízos milionários, conforme aponta a investigação da Polícia Civil (CRÉD. GIAN BAUM)

30/11/2023 - 10h13min

Atualizada em 30/11/2023 - 10h21min

Pessoas que tinham ligação com a Piá, principalmente da antiga diretoria, são alvos da Polícia Civil na Operação Via Láctea

GIAN WAGNER BAUM

Nova Petrópolis – Algumas pessoas que tinham ligações com a Cooperativa Piá, entre elas ex-dirigentes, são alvos da operação Via Láctea, desencadeada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, 30 de novembro. A Polícia Civil de Nova Petrópolis, coordenada pelo Delegado Fábio Idalgo Peres, cumpre ao todo seis mandados de busca e apreensão. Além dos mandados judiciais de busca e apreensão foi representado por sequestro de bens e valores ao Poder Judiciário e deferido na ordem de R$ 15 milhões, além de bens imóveis e móveis, como veículos. Com isso, ficam restritos a venda mais de 50 veículos. Conforme a Polícia Civil, o objetivo é preservar o patrimônio durante o desenvolvimento do inquérito policial.

INVESTIGAÇÃO – O que se apura é que uma associação de pessoas que desempenhava funções na cooperativa tinha empresas, muitas vezes em nome de familiares próximos com informações privilegiadas, recebendo benefícios acima da média e vindo a ganhar valores vantajosos, acima de mercado. A apuração está no início, no entanto, os pedidos foram subsidiados por relatório técnicos.

Polícia Civil se reuniu em Nova Petrópolis antes do início da operação (CRÉD. POLÍCIA CIVIL)

FILHO DO PRESIDENTE – O inquérito policial se debruça em diversas situações na gestão anterior, inclusive na alienação (venda) da frota, ficando constatado a princípio de que a aquisição de 16 (dezesseis veículos) foi feita por uma empresa ligada ao filho do então presidente da cooperativa. A empresa supostamente prestava serviços para a Piá, fato que ainda será apurado, e com o dinheiro obtido nesse suposto contrato, veio a adquirir os veículos, muitas vezes por menos da metade do preço de mercado, sem obedecer a ATA de venda. O prejuízo estimado é de R$ 300 mil. “O que se pode constatar que houve praticamente uma liquidação informal, inclusive recolhendo valores em espécie de supermercados e agropecuárias para pagamentos de alguns funcionários, escolhidos para verbas trabalhistas, “ligados” à então diretoria, havendo o recolhimento de dinheiro, um dia após o desligamento da empresa”, diz parte da nota emitida pela Polícia Civil.

Empresa ligada ao filho de Smaniotto, em princípio, prestava serviços e, com o valor recebido, adquiria veículos da frota da Piápor valores muito abaixo do mercado (CRÉD. DÁRIO GONÇALVES/O DIÁRIO/ARQUIVO)

Irregularidades no transporte
Também existem indícios de irregularidades no setor de transporte, onde pessoas ligadas aos conselhos da cooperativa obtinham privilégios e informações. O inquérito policial foi instaurado a partir da nova gestão da cooperativa que embasou a notícia crime com relatório técnico que serviu de suporte aos pedidos feitos ao Poder Judiciário e a instauração do inquérito policial.

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