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Imagens aéreas mostram a triste proporção que enchente atingiu Lindolfo Collor
A maior enchente de todos os tempos. Este é o sentimento de todos que residem ou estiveram por Lindolfo Collor durante o temporal de sexta-feira. De moradores a figuras políticas, todos relembram a enchente de 1982 mas garantem: esta foi maior.
Ainda pela manhã, enquanto pouco se sabia dos estragos de fato da enxurrada e a única corrida era contra o tempo para retirar com segurança as famílias atingidas, o vice-prefeito Gilnei Prass, já destacava que esta era a maior enchente da história de Lindolfo Collor.
“É maior que a de 1982. Uma vez a enchente veio para o lado de cá (do ginásio), mas não chegava nem perto do que está hoje. Até então, 1982 havia sido a maior enchente, mas pelo relato do pessoal, não chegou neste nível de agora”, conta o vice-prefeito.
O prefeito Gaspar Behne destaca a velocidade com que as águas subiram e inundaram o município. “As 9 horas começamos a tirar as famílias da Vila Esperança. Quando fui embora às 3 horas, os alagamentos estavam concentrados ali. Quando acordei às 6 horas, toda a cidade estava alagada. Em 3 horas, alagou o Centro”, explica.
Izaine Haag, de 24 anos, que mora desde os 2 anos no município em uma parte mais alta e foi na sexta-feira pela manhã acompanhar os trabalhos de remoção das famílias atingidas ficou assustada quando viu o nível da enchente. “Já tinha alagado certos pontos, mas tanto assim como dessa vez nunca tinha acontecido, de chegar até os níveis que chegaram hoje (sexta). No Centro, aqui na frente do ginásio e do (Grupo) Minuano, nunca tinha vindo este nível de água”.
Um grupo de colaboradores do Grupo Minuano estava nas proximidades da enchente acompanhando a situação do Arroio Feitoria. Eles chegaram em Lindolfo Collor para trabalhar, mas foram impedidos pela enxurrada que adentrou o pátio da empresa. Um dos colaboradores contou que apenas foi possível desligar a energia geral do complexo para evitar maiores perdas.
Em outro ponto do Centro, moradores e bombeiros formavam uma força tarefa para ajudar na retirada de pessoas ilhadas em suas casas. Um destes moradores é o venezuelano Carlo Alonso Careño, de 49 anos. Ele contou que a água não chegou a danificar nenhum móvel da sua casa, pois ela entrou um pouco mais de um palmo do chão. Ainda assim, ele estava no local ajudando seus vizinhos na árdua tarefa de tentar não perder tudo.