Região
Moradora de Dois Irmãos perde mais de R$ 10 mil no golpe do “falso namorado virtual”
Por Cleiton Zimer
Dois Irmãos – Uma moradora da cidade, que tem em torno de 50 anos, foi vítima do golpe do “falso namorado virtual”. Ela perdeu R$ 10.500 e, por pouco, não depositou outros R$ 18 mil.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia do Município nesta sexta-feira (11). De acordo com o registro, a vítima relatou que há três meses recebeu um convite de amizade pelo Instragram de um sujeito.
O delegado Felipe Borba, titular da DP, explicou que a conversa começou a ganhar contornos românticos. O estelionatário se apresentou como empresário, disse estar apaixonado e que a levaria para morar com ele na Holanda.
No meio da conversa, o criminoso teria dito que enviou um pacote para ela contendo presentes e 20 mil dólares, no entanto, teria ficado retido na alfândega brasileira. “E que precisava de R$ 2.500 para liberar. A vítima acabou depositando na conta informada por ele. E depois recebeu uma solicitação de mais R$ 8 mil necessários ‘para transformar os dólares em reais’, o que foi pago então pela vítima novamente, mas agora numa outra conta informada”, relatou Borba.
Depois ainda teve uma terceira tentativa de tirar dinheiro da mulher. Desta vez o criminoso pediu R$ 18 mil.
Ela chegou a ir no banco para fazer a transferência, mas foi advertida pelos agentes sobre a possibilidade de ser um golpe e orientada a buscar a Delegacia. “Ela veio e identificamos que é este tipo de golpe, do falso namorado virtual. Registrou e demonstrou interesse no esclarecimento do fato.”
UM GOLPE COMUM
O delegado Borba orienta que é necessário ter cautela ao falar com pessoas desconhecidas, principalmente quando a conversa ganha contornos amorosos. “Trata-se de golpe comum: o sujeito diz que mora no exterior e que teve algum tipo de dificuldade com questão alfandegária, necessitando de auxílio financeiro. A orientação é jamais efetuar qualquer depósito ou envio de dinheiro.”
Borba diz que há golpistas que chegam a conversar por vários meses até perceber que conquistaram a confiança da vítima, solicitando, então, uma ajuda econômica, que, caso seja concedida, será novamente requerida, até que a vítima se dê conta da existência do crime. “Por vezes, existe inclusive uma dificuldade de nossa parte para convencer a vítima de que a pessoa com quem ela pensava que conversava não existe, sendo uma farsa, tamanho o envolvimento emocional com a situação.”